2009-03-24 12:26:35

TAILÂNDIA: VIDA DIFÍCIL PARA A IGREJA


Bangcoc, 24 mar (RV) – Na Tailândia, as violências entre as guerrilhas independentistas islâmicas nas províncias de Narathiwat, Pattani e Yala estão tornando cada vez mais difíceis também a presença da Igreja nesta parte do país. Foi o que referiram à agência Ucan, os únicos dois sacerdotes presentes na região de maioria muçulmana, o salesiano belga Padre Gustav Roosens e o Padre Suksan Chaopaaknam.

A insurreição separatista, guiada pela Frente Revolucionária Nacional (BRN), teve início em 2004 e causou mais de 3.300 vítimas, entre soldados, policiais, mas também civis budistas e muçulmanos. Também o exército do governo está envolvido em graves abusos contra os civis. Este clima de violência e de insegurança – explica Padre Roosens, que trabalha como missionário na Tailândia há 53 anos, dos quais 20 em Pattani - está impedindo o trabalho pastoral e a realização de diversos projetos de assistência e de desenvolvimento promovidos pela Igreja local, que possui pouquíssimas forças.

Hoje nas três províncias permaneceram somente 400 fiéis, distribuídos em duas paróquias. Os demais fugiram. Para dar assistência a eles o velho missionário deve fazer muitas viagens que são perigosas, como evidencia também o jovem sacerdote Padre Suksan Chaopaaknam que não esconde o seu medo: “Viajo somente de dia – explica – porque tenho medo e estou longe dos meus confrades”. 42 anos, Padre Suksan ficará em breve sozinho, pois Padre Roosens deverá se ausentar por algum tempo. Eu pedi para ser transferido, “mas – disse – até quando não chegar outro sacerdote parta me substituir continuarei a trabalhar aqui com o pesadelo da violência”.

O independentismo islâmico nas províncias muçulmanas do sul, habitadas por uma população de origem malesa, é um fenômeno que remonta ao ano de 1786, quando o Reino Budista de Sião, o antigo nome da Tailândia, conquistou essa região, colocando fim a séculos de independência do Sultanato Islâmico de Pattani, que compreendia as atuais províncias na fronteira com a Malásia” (SP)







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