EDITORIAL DO PE. CESAR SOBRE A ÁFRICA

Mãe África

A visita de Bento XVI à África despertou, em todos, o desejo de reavivar aspectos culturais importantes do Continente, de onde proveio imensa parcela dos ancestrais dos brasileiros.

Adentremos no significado do uso das línguas nativas nas leituras litúrgicas, nos cantos, nas expressões do rito penitencial e do glória, do belíssimo canto mariano e de seu ritmo no final da missa em Iaundê. A cultura africana deixou-se encarnar pelo Evangelho de Jesus Cristo.

Em várias ocasiões foi destacado que o próprio Jesus Cristo iniciou sua missão na África quando esta lhe deu acolhimento por ocasião da perseguição de Herodes. Também foi um africano que, obrigado, ajudou Jesus a carregar a cruz e se tornou símbolo daquele que ajuda seus parentes, seus amigos a carregarem suas cruzes.

Como nos esquecer dos grandes santos africanos de uma época remota, como Mônica e Agostinho, e de época mais recente, como Josefina Bakhita?

Falamos de uma África pobre, mas pergunto pobre ou empobrecida? Onde estão suas pedras preciosas, seu ouro, seus tesouros oriundos de civilizações antigas? Onde estão seus filhos arrancados de seus lares e vendidos para construir nações como Brasil, Estados Unidos e tantos outros?

Sentimo-nos honrados com a visita do Santo Padre ao Continente Africano.Ele visita a terra, a casa de nossos avós e a prata da família, ou seja, seus valores morais, e que se destacaram mais ainda. Que a visita de Bento XVI, por essas terras africanas, com a bênçãos de Deus, ajude os jovens africanos a construírem uma terra de justiça, de paz e de reconciliação. (CA)