Bruxelas, 14 mar (RV) – A Comissão dos Episcopados Católicos da União Européia
(COMECE) revelou que os católicos de toda a Europa participarão das primeiras “Jornadas
Sociais Católicas Européias”, que se realizarão de 8 a 11 de outubro próximo, na localidade
de Gdańsk (Polônia), sob a presidência do bispo auxiliar de Varsóvia e vice-presidente
da COMECE, Dom Piotr Jarecki.
Este encontro, segundo a COMECE, tratará principalmente
sobre “a dimensão social da pessoa humana”, segundo “a fé cristã e os ensinamentos
sociais da Igreja Católica”.
A data e o lugar escolhidos “revestem-se de um
particular significado simbólico. Não só recordam o início da II Guerra Mundial, em
1939, e a queda do regime comunista em 1989, mas também a primeira visita de João
Paulo II ao seu país natal, em 1979, que levou à criação de «Solidarnosc», o movimento
social que uniu milhões de trabalhadores polacos”.
“Cada geração deve reconquistar
a liberdade e a paz, e a nossa não é uma excepção», afirmam os Bispos.
A COMECE
assinala, em comunicado, que o mundo de hoje “se encontra submerso no coração de uma
crise econômica e financeira, com conseqüências políticas e sociais muito preocupantes,
acompanhada por tensões nacionalistas e protecionistas».
Para combater esta
crise, acrescentam os bispos, “é necessária uma combinação de valores pessoais e políticos
incluídos no termo «solidariedade», que se funda na dignidade humana e na liberdade
e que está no centro da doutrina social da Igreja”.
Esta solidariedade, advertem,
concerne “a todos os seres humanos, tanto os que não nasceram como os que estão no
fim da sua vida; aos nossos contemporâneos e às gerações futuras; aos residentes e
aos imigrantes; a todos os países, grandes e pequenos; requer também a proteção e
defesa da família, bem como a proteção da natureza, e deve estender-se a todo o mundo.
“Em
Gdańsk, concluem os bispos da COMECE em seu comunicado, não queremos somente procurar
os caminhos de uma solidariedade européia diante da crise mundial, mas também animar
a participação da Europa numa civilização do amor que não abandone nenhum lugar do
mundo e que inclua as futuras gerações”. (MT)