Brasília, 14 mar (RV) - Começou no último dia 12, em Brasília e se conclui
amanhã (15), a 28ª Assembléia Geral do Conselho Missionário Nacional (Comina), que
tem como tema: “Desafios da Missão: iniciação Cristã, Missão Continental e Missão
Além-Fronteiras”.
Participam 45 membros, entre os quais o secretário geral
da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa. Na reunião, serão aprovadas as propostas para os
próximos quatro anos tendo como referência Missão Continental, Ano Catequético e Ano
Paulino. Além disso, o Conselho vai eleger seus novos secretários e tesoureiros.
Segundo
o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (PAM), Padre Daniel Lagni, o Comina destaca
a importância da comunhão no trabalho missionário. Integram o Conselho, além da CNBB,
a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), as Pontifícias Obras Missionárias e
outros organismos como os Conselhos Regionais e Diocesanos Missionários, o Conselho
Missionário Indigenista (CIMI), o Centro Cultural Missionário (CCM), Institutos Missionários.
“Nosso objetivo, explicou Padre Daniel, é buscar a comunhão para não fazermos
trabalho paralelo. Cada um dos organismos que compõem o Comina tem seu estatuto próprio,
mas todos trabalham em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil”.
Padre Daniel Lagni recordou ainda que o centro-sul tem
enviado muitos missionários para norte e nordeste do país e também para o exterior.
“A missão é para o mundo e para a humanidade. Na África, muitas vezes, a única presença
na saúde e na educação é a da Igreja”.
Para o diretor das POM é necessário
formar cristãos com a consciência mais missionária e despertar o compromisso missionário
da fé: “Temos muitos cristãos, mas poucos missionários”. No entanto, ele entende que
a consciência missionária já vem acontecendo no país. “O Brasil tem crescido na consciência,
na causa, na animação, na formação e no envio missionário”.
Por sua vez, a
presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Márian Ambrósio, disse:
“É um ganho unir os três desafios e fazer deles uma unidade. Entender o que é missão
e responder a um grito da época”. De acordo com a religiosa, “é preciso valorizar
mais a força do Comina, que são três: CNBB, CRB e POM. Não conheço um país em que
o projeto missionário consegue reunir estas três forças”.
Segundo Irmã Márian,
atualmente, cerca de três mil religiosos atuam no exterior. “As Congregações que descobriram
a missão, como chave de revitalização, enviam seus melhores missionários. A juventude
se encanta com o serviço Além Fronteiras. É um serviço à humanidade”.
Atualmente,
o Comina mantém dois grandes projetos missionários. O primeiro é no Timor Leste, que
já perdura por mais de dez anos; o segundo é na Guiné Bissau. O Regional Sul 3 da
CNBB (RS) mantém um projeto em Moçambique e os Regionais Nordeste 4 e Nordeste 5 sustentam
outro projeto em Lichinga, também em Moçambique. (MT)