2009-03-12 11:50:44

AUDIÊNCIA DO PAPA AO GRÃO-RABINATO DE ISRAEL


Cidade do Vaticano, 12 mar (RV) - Uma ocasião para reforçar a paz e o diálogo interreligioso: este é o auspício de Bento XVI para a sua visita à Terra Santa, que se realizará em maio. O papa falou sobre sua viagem durante a audiência, esta manhã, no Vaticano, à delegação do Grão-rabinato de Israel e à Comissão da Santa Sé para as Relações com o Judaísmo.

O pontífice recordou que o fortalecimento do diálogo entre católicos e judeus é fruto da viagem de João Paulo II à Terra Santa em 2000, quando iniciaram os encontros entre os dois organismos: "Que a minha visita possa aprofundar o diálogo da Igreja com o povo judeu, para que judeus, cristãos e muçulmanos possam viver em paz e harmonia nesta Terra Santa.

Bento XVI notou que, com base na Declaração conciliar Nostra Aetate, o reconhecimento do rico patrimônio espiritual comum torna o diálogo necessário e possível. Diálogo que tem no centro os temas da liberdade de consciência e religiosa, o estudo das Escrituras, as relações com as autoridades civis e políticas e a questão da vida e da família.

Por fim, Bento XVI ressalta o que une judeus e católicos: "A Igreja reconhece que a origem da própria fé está fundada na intervenção divina na vida do povo judeu e que aqui reside a unicidade da relação entre as duas religiões. Os cristãos estão felizes em reconhecer que as próprias raízes se baseiam na auto-revelação de Deus, da qual se alimenta a experiência religiosa do povo judeu".

Por sua vez, o rabino-chefe de Haifa, Shear Yashuv Cohen, destacou que este encontro representa um momento positivo no diálogo entre a Igreja Católica e o mundo judeu. Por fim, louvou o papel construtivo do observador vaticano na ONU, para que a próxima Conferência Internacional de Durban não se transforme em uma ocasião para atacar o Estado de Israel.

Depois da audiência com o Santo Padre, a delegação judaica realizou uma coletiva de imprensa na Sala Marconi, na Rádio Vaticano. Em especial, os rabinos comentaram a visita de Bento XVI à Terra Santa, dizendo que há reuniões diárias entre os organizadores, para que a viagem seja realmente um sucesso.

Segundo os rabinos, esta peregrinação apostólica irá contribuir para o diálogo entre judeus e católicos e, não só, mas também para a estabilidade política da região, pois, reiteraram, o pontífice viaja não somente como líder religioso, mas também como chefe de Estado. (BF)







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