2009-03-10 12:17:00

ÍNDIA: PAPEL DA MULHER NA IGREJA


Nova Delhi, 10 mar (RV) – A nova linha proposta pela Conferência Episcopal Indiana, durante a plenária bienal de um ano atrás, para promover o papel da mulher na Igreja da Índia, está começando a produzir os seus primeiros frutos. A afirmação é da secretária da Comissão para as Mulheres da Conferência Episcopal, irmã Lilly Francis, que participou dos trabalhos realizados em fevereiro de 2008 e dedicados precisamente ao tema da emancipação feminina na sociedade e na Igreja.

Um tema sugerido pela crescente consciência do Episcopado, a necessidade de intervenções concretas para superar as discriminações nas quais as mulheres ainda continuam, na Índia, a ser objeto, também na Igreja, condicionadas por uma cultura patriarcal ainda não superada. Entre as principais decisões da assembléia, está a de assegurar uma representação feminina de pelo menos 35% nos conselhos pastorais paroquiais e diocesanos, nas comissões financeiras e nos organismos eclesiais em nível local e nacional.

Segundo o que referiu irmã Francis à agência Ucan, os primeiro passos concretos nesta direção já estão sendo sentidos: “Não há dúvida de que no último ano o envolvimento das mulheres na vida da Igreja na Índia cresceu”, declarou a religiosa salesiana. Uma primeira novidade – explicou – é representada pela participação de diversas mulheres leigas e religiosas na elaboração de propostas e de sugestões apresentadas nestes meses pelas 12 regiões eclesiásticas do país sobre como atuar as indicações surgidas na assembléia: “Trata-se de um sinal importante, porque antes elas excluídas dos processos de decisão”.

Algumas dioceses estão já dando passos concretos em direção a uma maior igualdade. É o caso, por exemplo, da diocese de Induki, no Kerala, que recentemente nomeou uma mulher em sua comissão financeira, ou da diocese de Nagpur onde uma mulher foi nomeada vice-diretor de um centro social diocesano. Além do mais, diversas religiosas ocupam hoje cargos nas comissões episcopais para a pastoral juvenil e para as comunicações sociais. (SP)







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