(10/3/2009) Bento XVI esteve Segunda-feira no Mosteiro das Oblatas de Santa Francisca
Romana, em Tor de' Specchi, durante a sua visita ao Capitólio sede da Câmara Municipal
de Roma, afirmando que a vida contemplativa está chamada a ser “uma espécie de pulmão
espiritual da sociedade”. Na Capela do Coro, após um momento de adoração ao Santíssimo
Sacramento e de veneração do corpo da santa, o Papa dirigiu-se às irmãs e às estudantes
que residem no Centro Universitário. Recordando os seus recentes exercícios espirituais
com os membros da Cúria Romana, realizados na semana passada, o Papa afirmou ter “experimentado
mais uma vez quão indispensáveis são o silêncio e a oração”. “Contemplação e acção,
oração e serviço de caridade, ideal monástico e compromisso social: tudo isso encontrou
um ‘laboratório’ rico em frutos”, comentou, reconhecendo que “o verdadeiro motor”
de tudo o que se realizou no decorrer do tempo, neste Mosteiro, foi “o coração de
Francisca, no qual o Espírito Santo derramou os seus dons espirituais e ao mesmo tempo
suscitou tantas iniciativas de bem”. “O vosso mosteiro encontra-se no coração
da cidade”, disse o Papa, destacando que isso é um “símbolo da necessidade de devolver
a dimensão espiritual no centro da convivência civil, para dar pleno sentido à múltipla
actividade do ser humano”. Segundo Bento XVI, as comunidades de vida contemplativa
são chamadas “a ser uma espécie de ‘pulmão espiritual’ da sociedade, para que à actuação,
ao activismo de uma cidade não falte a ‘respiração’ espiritual, a referência a Deus
e ao seu desígnio de salvação”. Este é o serviço “que fazem em particular os mosteiros,
lugares de silêncio e de meditação da Palavra divina, lugares onde há preocupação
por ter sempre a terra aberta ao céu”. Santa Francisca Romana fundou a Congregação
das Oblatas em 1433. Para o seu projecto de vida religiosa, inspirou-se na Regra de
São Bento. Foi canonizada a 29 de Maio de 1608, pelo Papa Paulo V.