Cidade do Vaticano, 06 mar (RV) – O arcebispo de Kinshasa, na República Democrática
do Congo, Dom Laurent Monsengwo Pasinya, concedeu ao jornal vaticano “L’Osservatore
Romano” uma longa entrevista sobre “as soluções compartilhadas dos conflitos armados
e econômicos”.
2009, escreve o jornal, é o “ano da África”. Com a próxima viagem
pontifícia e o sínodo em outubro o papa quer chamar a atenção do mundo para as esperanças
e as contradições do continente africano, mas também pelos seus massacres e as gravíssimas
situações de pobreza.
Em sua entrevista, Dom Pasinya destaca, portanto, temas
como a paz, a justiça e a reconciliação na África. Mas, recorda ainda: “as soluções
para os conflitos armados e as lutas para a exploração dos recursos minerais não devem
ser um fogo de palha, mas fundir-se no direito internacional.
A II Assembléia
especial para a África do Sínodo dos Bispos, diz o arcebispo congolês, que se realizará
no Vaticano de 4 a 25 de outubro, tem o objetivo de dar uma resposta às urgentes expectativas
eclesiais e políticas.
Em suas declarações ao jornal vaticano, Dom Laurent
Monsengwo Pasinya, trata dos temas cruciais da atualidade africana, fazendo uma análise
da última assembléia sinodal, em 1994, e em vista da próxima.
A primeira Assembléia
sinodal para a África, afirmou o arcebispo de Kinshasa, exigiu uma segunda para aprofundar
a questão da justiça, da paz e da reconciliação, um dos pontos fundamentais do programa
de evangelização.
Enfim, o arcebispo concluiu, dizendo: “No primeiro sínodo
despontou a imagem de uma Igreja na África, cuja evangelização e missão visava a construção
da Igreja-família de Deus. No segundo, há a ameaça da retomada da “primeira guerra
mundial africana”. “Onde há guerra há a urgente necessidade de reconciliação, de paz
e de justiça. Não se trata só de fazer calar as armas. É preciso de uma paz da mente
e do coração”. (MT)