Na Guiné Bissau, Presidente interino pede ajuda para organizar eleições: resposta
positiva de Portugal
(5/3/2009) A primeira medida de Raimundo Pereira depois de tomar posse como Presidente
interino da Guiné-Bissau na sequência do assassínio, segunda--feira, de Nino Vieira,
foi pedir à comunidade internacional que "não abandone o país" e o ajude a organizar
eleições no prazo de 60 dias. O secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros
e Cooperação, João Gomes Cravinho, que esteve em Bissau para se inteirar da situação,
partilhou desta opinião. "Houve eleições em Novembro, logo o recenseamento está feito,
e há pessoas no terreno que conhecem bem os mecanismos, logo acredito que é possível",
sublinhou. À Lusa, Cravinho afastou a necessidade de uma força internacional para
a Guiné-Bissau. O secretário de Estado garantiu que na capital guineense o clima era
de "total segurança e as forças militares estão sob comando civil". Questionado sobre
as ameaças de que estarão a ser alvo antigos responsáveis ligados a Nino, Cravinho
referiu ter recebido das autoridades guineenses um compromisso em relação à paz. Nino
Vieira foi brutalmente assassinado à catanada na madrugada de segunda-feira quando
militares invadiram a sua casa em Bissau. Estes eram fiéis ao seu velho inimigo Tagmé
Na Waié, o chefe do Estado - Maior, morto numa explosão horas antes. O seu funeral
está marcado para sábado. O de Nino Vieira foi adiado para a próxima terça-feira,
dia 10. Portugal está disponível para dar apoio financeiro e logístico á Guiné
Bissau para a realização de eleições presidenciais naquele pais. A garantia foi
dada pelo secretário de estado português dos negócios estrangeiros na Cidade da Praia
em Cabo Verde de regresso da curta viagem que fez á Guiné Bissau onde chefiou uma
delegação da CPLP no âmbito da crise aberta esta semana. Segundo João Gomes Cravinho,
como se percebe a conversa com o correspondente da Rádio Vaticano em Portugal Domingo
Pinto, a situação na Guiné Bissau está controlada