Harare, 04 mar (RV) - Zimbábue é um país flagelado por cólera, AIDS e fome.
Neste contexto, a Igreja Católica é o único ponto de referência para a população.
Segundo explica o núncio apostólico, Dom George Kocherry, o país está vivendo uma
situação critica.
“Os hospitais públicos estão falidos e as únicas estruturas
higiênico-sanitárias capazes de assistir doentes e familiares são as administradas
por missionários e religiosas. Através do organismo de caridade 'Cor Unum', o papa
enviou 80 mil dólares, como gesto de solidariedade paterna com a população” – informa
o arcebispo.
“A nunciatura apostólica – acrescenta – em colaboração com a
Caritas Zimbábue, está levando ao país gêneros alimentícios para serem distribuídos
às famílias através das paróquias. Quando a cólera atingiu o país, o Pontifício Conselho
da Pastoral para os Agentes de Saúde enviou 10 mil dólares para adquirir medicamentos”.
Cerca
de metade dos mais de 11 milhões de habitantes do Zimbábue corre o risco de morrer
de fome. A cólera já provocou 75 mil vítimas e a carência de medicamentos antiretrovirais
agrava a incidência da AIDS, que devasta a população, cuja quarta parte já é soropositiva.
Nesta situação, bastante dramática, a Igreja é a única salvação para milhões
de homens e mulheres. A Caritas International assiste diretamente mais de um milhão
de pessoas oferecendo alimentos, enquanto outros projetos humanitários da Caritas
beneficiam mais de 3 milhões de zimbabuanos. (CM)