2009-03-03 14:53:18

Bispos portugueses pedem paz para a Guiné - Bissau


(3/3/2009) O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, disse em Fátima que a Guiné-Bissau “já sofreu demasiado” e “merece ter a paz para poder proporcionar condições de dignidade para todos”.
O Arcebispo de Braga comentava os atentados que vitimaram o Presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira, e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Tagmé Na Waié.
“Estou e estamos preocupados com estes acontecimentos, uma vez que a Guiné tem sido um território que ainda não encontrou um contexto para uma autêntica e verdadeira Paz”, disse D. Jorge Ortiga, à margem da reunião do Conselho Permanente da CEP.
Para este responsável, os últimos acontecimento são “fruto e consequência de variadíssimos antagonismos”, acrescentando que os guineenses são "um povo que está a sofrer e a Igreja portuguesa sofre também com aquele povo”.
“Manifestamos comunhão e a nossa solidariedade com a Igreja que está na Guiné”, afirmou ainda D. Jorge Ortiga, que expressou o desejo de que este momento seja “para reencontrar a Paz”.
Crise
Mil pessoas são esperadas no simpósio sobre a crise económica e social que a Conferência Episcopal Portuguesa vai realizar a 15 de Maio, revelou por seu lado o secretário da instituição, padre Manuel Morujão.
No final da reunião do Conselho Permanente que se realizou esta Segunda-feira, o sacerdote explicou que o simpósio tem como tema “O desafio de servir da Igreja hoje”, estando aberto a todos os “quadrantes políticos e sociais”.
“Não é propriamente para a Igreja, de portas fechadas, mas para toda a sociedade”, declarou o responsável, acrescentando que “todos serão bem-vindos, dos vários quadrantes políticos e sociais”.
Para o padre Manuel Morujão, “a Igreja também tem uma palavra" sobre a crise "e pistas de solução”.
A data escolhida antecede a comemoração do cinquentenário do monumento a Cristo-Rei, em Almada.
Ainda em Fátima, a CEP preparou uma nota sobre a canonização do Beato Nuno Álvares Pereira, marcada pelo Papa para o dia 26 de Abril. O Pe. Manuel Morujão sublinha que "para além de vencer, soube vencer-se a si mesmo, a sua importância, os seus títulos e pôr-se ao serviço dos pobres".
"Foi alguém riquíssimo que soube ser solidário", acrescentou, revelando que o futuro santo português é um modelo para os nossos dias, em particular num momento "em que nos debatemos com uma crise".
Os Bispos portugueses encontram-se desde esta Segunda-feira em Fátima, para o seu Retiro Espiritual anual. Estes são dias de recolhimento, reflexão e oração, que diferem das assembleias plenárias, dedicadas à discussão dos temas mais importantes da vida da Igreja.
O retiro é orientado, este ano, pelo Pe. Germán Arana, jesuíta espanhol, e prolonga-se até à próxima Sexta-feira.








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