No Angelus do Primeiro Domingo da Quaresma o Papa fala da eterna luta entre o bem
e o mal e exortou a não subestimar o papel dos Anjos
(1/3/2009) Nas suas reflexões antes da recitação do Angelus deste primeiro domingo
da Quaresma Bento XVI exortou os fiéis católicos a não subestimar o papel dos anjos,
e recomendou que sejam muitas vezes invocados. Pedimos-lhe, em particular hoje, que
vigiem sobre mim e sobre os colaboradores da Cúria Romana que esta tarde, como acontece
todos os anos, iniciarão a semana de exercícios espirituais – disse o Papa. Referindo-se
ao Evangelho deste Domingo o Santo Padre evocou Satanás, o adversário que desde o
principio se opôs ao desígnio salvifico de Deus a favor dos homens. Citando as
tentações de Jesus no deserto, que foram obra do Demónio, Bento XVI recordou porém
que quase de fugida, na brevidade do testo evangélico, diante desta figura obscura
e tenebrosa que ousa tentar o Senhor, aparecem os Anjos, figuras luminosas e misteriosas
que serviam Jesus. Eles – explicou o Papa – são o contraponto de Satanás. Segundo
Bento XVI tiraríamos uma parte notável do Evangelho se deixássemos de lado estes seres
enviados por Deus, os quais anunciam a sua presença entre nós e são um seu sinal.
“Invoquemo-los muitas vezes para que nos ajudem no empenho de seguir Jesus até nos
identificarmos com Ele”.
Perante a crise económica que corre o perigo de arrasar
a Itália com o desemprego e encerramento de empresas, o Papa exortou neste Domingo
as autoridades politicas e civis, bem como os empresários, a um comum e forte empenho
para tutelar como prioridades os trabalhadores e as suas famílias. Bento XVI saudava
em particular um grupo de operários e empregados de um estabelecimento automobilístico
do sul da Itália, mas referia-se também a outras situações igualmente difíceis que
afligem vários centros italianos.