2009-03-01 16:12:04

BENTO XVI NO ANGELUS: DIANTE DA CRISE ECONÔMICA, PRIORIDADE AOS TRABALHADORES E ÀS SUAS FAMÍLIAS


Cidade do Vaticano, 1° mar (RV) - Ao meio-dia de hoje, o Santo Padre assomou à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para a oração do Angelus deste I Domingo da Quaresma. Milhares de fiéis, peregrinos e turistas participaram, numa Praça São Pedro banhada pelo sereno desta manhã, da oração mariana.

Na oração dominical, o papa lançou um apelo em favor dos operários da Fiat da localidade italiana de Pomigliano d'Arco, presentes na praça para "manifestar a sua preocupação com o futuro da fábrica e de milhares de pessoas que, direta ou indiretamente, dependem dela para trabalhar".

O pontífice recordou também outras situações igualmente difíceis vividas por todos os trabalhadores atingidos, no mundo inteiro, pela atual crise econômica.

"Associo-me aos bispos e às respectivas Igrejas locais ao expressar proximidade às famílias atingidas pela crise, e confio todas elas na oração à proteção de Maria Santíssima e de São José, patrono dos trabalhadores. Desejo expressar o meu encorajamento às autoridades políticas e civis, bem como aos empresários, a fim de que com a cooperação de todos se possa fazer frente a esse delicado momento. De fato, é preciso um comum e forte compromisso, recordando que a prioridade deve ser dada aos trabalhadores e às suas famílias."

Recordando o Evangelho do I Domingo da Quaresma – que apresenta Jesus no deserto tentado por satanás e servido pelos anjos – Bento XVI convidou a redescobrir o sentido do jejum que "nos ajuda a um maior domínio de nós mesmos. O pontífice exortou a romper com o pecado, a amar mais o próximo, e a fazer a vontade de Deus com mais prontidão.

De fato, a exortação de Bento XVI foi a de "romper com o pecado", e a mudar radicalmente a vida", combatendo contra toda forma de tentação e colocando a nossa confiança na misericórdia divina. Nessa luta – exortou – invoquemos a ajuda dos anjos.

O papa deteve-se sobre o significado da permanência de Jesus no deserto, tentado por satanás:

"No deserto, lugar da provação, como vemos na experiência do povo de Israel, se mostra com grande dramaticidade a realidade da Kenosi, do aniquilamento de Cristo, que se despojou da forma de Deus (cfr Fil 2, 6-7). Ele, que não pecou e não pode pecar, se submete à provação e, por isso, pode sofrer a nossa enfermidade (cfr Hb 4, 15). Deixa-se tentar por satanás, o adversário, que desde o princípio se opôs ao desígnio de Deus em favor dos homens."

Em seguida, o papa ressaltou que no deserto Jesus se serviu dos anjos, "figuras luminosas e misteriosas". A presença asseguradora do anjo do Senhor acompanha o povo de Israel em todas as suas vicissitudes boas e ruins" – recordou o pontífice:

"Caros irmãos e irmãs, tiraríamos uma parte notável do Evangelho se deixássemos de lado esses seres enviados por Deus, os quais anunciam a sua presença entre nós, e disso são um sinal. Invoquemos sempre os anjos, para que nos ajudem no compromisso de seguir Jesus até nos identificarmos com Ele. Pedimos a eles, em particular hoje, que vele sobre mim e sobre os colaboradores da Cúria Romana, que esta tarde, como todos os anos, iniciaremos a semana de Exercícios espirituais. Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós!"

Nas saudações, em várias línguas, aos diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes, o pontífice disse em espanhol:

"Na mensagem da Quaresma deste ano, eu quis ressaltar o valor e o sentido do jejum. A privação voluntária de algo que por si é lícito nos ajuda a um maior domínio de nós mesmos, a combater o pecado, a amar mais o próximo, a fazer a vontade de Deus com maior prontidão. Que a Santíssima Virgem nos alcance a graça de viver com proveito este tempo de preparação para a Páscoa. Feliz domingo."

O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção apostólica. (RL)







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