COMISSÃO SUIÇA QUER MAIOR LIMITE E CONTROLE DE ARMAS NO PAÍS
Cidade do Vaticano, 26 fev - Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal
Suíça entregou em Berna, na sede da Secretaria Federal, um documento liderando uma
iniciativa popular contra a violência.
A Comissão conta com apoio do Partido
socialista suíço, do Grupo por uma Suiça sem armas, e da organização pela prevenção
do suicídio. Com mais de 107 mil assinaturas, seu texto fala do direito da pessoa
de viver em paz e em segurança, porém o limite e controle de armas permite diminuir
os abusos.
Com o apelo “Não mate”, explica que as gerações futuras precisam
de um mundo de paz, não apenas com o povo, mas em família e em sociedade. 2,3 milhões
de armas, de todos os tipos e gêneros se disseminaram no país, e ao invés de ser um
fator de segurança, é um fator de perigo para a população.
Muitas crianças,
já estão ameaçadas com a presença de armas em casa. Ainda que não utilizada, a presença
de uma arma é certamente uma preocupação e uma violência psicológica.
A Suiça
tem taxa de criminalidade sutilmente menor do que a média européia, mas sua média
de homicídios está acima. No caso dos suicídios, o país encontra-se no topo.
O
suicídio é reflexo de um impulso emocional, e a presença de uma arma não deixa oportunidade
nenhuma de sobrevivência. Quanto menos armas, menos suicídios.
A comissão,
em seu plano internacional, critica também as armas de destruição em massa. Além
disso, continua o documento - somos os principais protagonistas da maior parte do
conflito do terceiro mundo e de ataques terroristas. Armas potentes e de pequeno porte,
facilmente transportáveis, são tão acessíveis que até crianças manuseiam facilmente.
Zelar pela paz, conclui o documento, e exigir do nosso país um maior empenho no
controle e limitação de armas, deve ser a preocupação de todos.(JP)