2009-02-24 20:37:02

ESPECIALISTA EM ISLAMISMO ANALISA FUTURO DOS CRISTÃOS NO ORIENTE MÉDIO


Roma, 24 fev (RV) - “É preciso uma pastoral do mundo árabe para deter a hemorragia dos cristãos do Oriente Médio.” Essa é a afirmação do renomado especialista em islamismo, o jesuíta Samir Khalil Samir, que numa entrevista à agência de notícias SIR, da Conferência Episcopal Italiana, analisa o futuro dos cristãos no Oriente Médio.

“Somos fracos não somente por causa dos muçulmanos, mas também por causa das nossas divisões, pela falta de visão única. É preciso uma política comum e construir um projeto não contra, mas com os muçulmanos”, afirma o estudioso, para o qual a recente proposta de um Sínodo sobre os cristãos no Oriente Médio é “justificada, porque até quando enfrentarmos o problema da emigração cada um por conta própria, não se encontrará uma solução. O nosso objetivo, disse ele, é criar uma cidade e uma civilização comuns, ter juntos um projeto de sociedade válido para os mais fracos, sem extremismos”.

Todavia, o futuro dos cristãos no Oriente Médio “está também ligado ao conflito interno do mundo muçulmano para separar a religião da política, em uma palavra, descobrir a laicidade. Os cristãos são os mais fortes defensores da laicidade que significa liberdade. Tantos muçulmanos, ao invés, a vêem como ateísmo”. Contudo, “o fim do Cristianismo no Oriente Médio não será a vitória do Islamismo. O islã – conclui o jesuíta – terá expulsado a diversidade, mas sem ela irá retroceder”. (SP)







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