2009-02-19 14:46:32

LIBERTADAS AS DUAS RELIGIOSAS ITALIANAS SEQÜESTRADAS EM NOVEMBRO PASSADO NO QUÊNIA


Roma, 19 fev (RV) - As Irmãs Caterina Giraudo e Maria Teresa Oliviero, religiosas do Movimento Contemplativo Missionário Padre de Foucauld, de Cuneo, noroeste da Itália, seqüestradas no dia 9 de novembro passado no confim entre o Quênia e a Somália, foram finalmente libertadas. Elas haviam sido seqüestradas por um comando de cerca de 200 homens armados, na cidade de El Wak, no nordeste do Quênia, no confim com a Somália.

A notícia da libertação das religiosas foi acolhida com grande entusiasmo. Os sinos badalaram em tom de festa, ao tempo em que a comunidade se reunia em oração. Agora todos na comunidade religiosa, cerca de cinqüenta pessoas, festejam a libertação das duas coirmãs. Também foi expressa grande alegria, em nome do papa, pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

De fato, registra-se um clima de grande euforia na sede da Comunidade do movimento contemplativo missionário "Charles de Foucauld", na referida localidade italiana.

"Estávamos todos na capela reunidos em oração, quando chegou essa belíssima e inesperada notícia" _ disse à agência SIR (Serviço de Informação Religiosa) o Irmão Giovanni Marinchino.

O religioso ressaltou que é um momento de grande euforia, acrescentando que as duas irmãs se encontram agora na embaixada italiana em Nairóbi, no Quênia. Ele acredita que dentro de poucos dias elas deverão voltar para a Itália.

A Rádio Vaticano conseguiu entrevistar as duas religiosas. Eis o que nos disse Irmã Caterina Giraudo:

Irmã Caterina Giraudo:- "Estou feliz, grata, sem palavras, junto à minha coirmã Maria Teresa. Ressuscitamos, estamos felizes, e não temos palavras para agradecer por tudo aquilo que foi feito, não somente para libertar-nos, mas também por aquilo que vivemos. Muitas pessoas estiveram unidas a nós na oração, no pensamento, com o afeto e a ansiedade. Nós sabíamos disso, estávamos certas, porém agora sentimos na pele. Somos muito gratas."

R. Irmã Caterina, como vocês viveram estes dias?

Irmã Caterina Giraudo:- "Foram 102 dias, passados com muita angústia. Porém, quisemos ocupar o nosso tempo na oração e a oração nos salvou, nos sustentou: fé e oração, a certeza de que não estávamos sozinhas. Embora fisicamente não sentíssemos nada, tínhamos, porém, a certeza de que Deus estava conosco. E tínhamos a certeza de que muitas pessoas rezavam por nós. Portanto, foi uma força imensa. Ademais, as pessoas que nos mantinham como reféns nos trataram bem."

P. Também a Irmã Maria Teresa Oliviero manifestou grande felicidade:

Irmã Maria Teresa Oliviero:- "Estou bem. Estou feliz, imensamente feliz por estar de pé, livre no Quênia, com tanto afeto ao meu redor. Estão fazendo muita festa, estamos todos muito contentes."

P. O que a senhora pode nos falar, neste momento, sobre esses mais de 100 dias de cativeiro. O que pensou durante esses dias?

Irmã Maria Teresa Oliviero:- "Procurava não pensar muito, porque se pensasse em alguém ou em algo, era pior. Então eu procurava encarar serenamente essa situação. Mas tivemos muita angústia. Muitos dias sem notícias, o tempo era muito longo. Procuramos nos encorajar reciprocamente. Irmã Caterina sabe um pouco de somali e criamos uma bela amizade com os nossos seqüestradores. Queremos agradecer ao Santo Padre que se fez muito próximo a nós. Muito obrigado, obrigado mesmo!" (RL)







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