Taipé, 19 fev (RV) – Faleceu, no último dia 17, em Hualian (Taiwan), Dom André
Tsien Chih-chun, bispo emérito desta diocese e grande impulsionador do diálogo entre
a Igreja oficial e a não-oficial na China.
Dom Tsien, 83 anos, nasceu em Yhuai,
Zheijang, uma das províncias do litoral oriental da China continental, no seio de
uma família católica. Com a chegada do regime comunista teve que estudar teologia
na Itália. Ao regressar a Taiwan, foi pároco e decano da Faculdade de Filosofia na
Universidade Católica de Furen e diretor do Instituto de Investigação filosófica.
Foi nomeado bispo de Hualian em 1992.
Dom Tsien trabalhou muito pela reconciliação
entre a Igreja clandestina e a Igreja oficial da Associação Patriótica. Como ele recordou
em sua despedida da diocese, ao completar 75 anos, dedicou muitos de seus esforços
para “manter contato com a Igreja clandestina, compartilhando de seus sofrimentos
e convertendo-se em seu porta-voz, tentando promover a comunhão com a Igreja una,
santa, católica e apostólica”.
Para ele, ajudar a Igreja oficial “não significava
apoiar a Associação Patriótica”. Era necessário, acrescentou na ocasião, “animar os
bispos e os sacerdotes da Igreja oficial a serem fiéis, rejeitando os princípios ateus
e independentistas da Associação”.
“Para a Igreja clandestina, era necessário
conquistar a liberdade religiosa e a dignidade humana, que são um dom de Deus e nenhuma
autoridade política pode eliminá-las; pelo contrário, devem respeitá-las e custodiá-las»,
afirmava ainda Dom Tsien em sua despedida da diocese. (MT)