Cidade do Vaticano, 12 fev (RV) – Ontem, Dia de Nossa Senhora de Lourdes e
Dia Mundial do Enfermo, numerosos doentes, voluntários e assistentes da Unitalsi,
União nacional italiana para o Transporte de doentes a Lourdes e outros Santuários,
participaram da Santa Missa, na Basílica Vaticana, celebrada pelo Presidente do Pontifício
Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Cardeal Javier Lozano Barragán.
Ao
término da celebração Eucarística, Bento XVI desceu à Basílica de São Pedro para cumprimentar
e abençoar os fiéis. Em seu pronunciamento, o Papa dirigiu seu pensamento ao Santuário
de Lourdes, na França, por ocasião dos 150 anos das aparições da Virgem Maria a santa
Bernadete Soubirous, evento do qual participou em setembro de 2008.
Neste dia,
disse o Papa, a Igreja manifesta, com maior intensidade, sua solidariedade espiritual
com os enfermos:
“Ao mesmo tempo, hoje, nos é dada a oportunidade de refletir
sobre a experiência da doença, da dor e, de modo mais geral, do sentido da vida...
Na mensagem para esta data, quis colocar, em primeiro lugar, as crianças doentes,
que são as criaturas mais fracas e indefesas”.
A dor, a doença e a morte, explicou
o Santo Padre, continuam sendo interrogativos inquietantes e insondáveis para a mente
humana. Porém, a luz da fé vem em nosso encontro: a fé nos ajuda a encarar a vida
humana de modo belo e digno de ser vivido em plenitude. Deus, disse o Papa, criou
o homem para a felicidade e para a vida, enquanto a doença e a morte entraram no mundo
como conseqüência do pecado:
“Caros irmãos e irmãs, percebemos, cada vez mais,
que a vida não é um bem disponível, mas um cofre precioso que deve ser custodiado
e cuidado com toda a atenção possível, desde o início até seu término último e natural.
A vida é um mistério que, de per si, requer responsabilidade, amor paciência e caridade
por parte de todos. Além do mais, o enfermo e sofredor devem ser circundados de respeito
e diligência”.
Para o cristão, recordou Bento XVI, a resposta ao enigma da
dor e da morte é Cristo. A luz que vem do alto nos ajuda a compreender a dar sentido
e valor à experiência do sofrimento e da morte.
O pontífice concluiu seu pronunciamento
confiando à Mãe da humanidade, os pobres, os sofredores e os enfermos do mundo inteiro,
sobretudo, as crianças que sofrem na alma e no corpo. (MT)