Anapu, 12 fev (RV) – Hoje a Igreja do Brasil recorda os quatro anos da morte
da missionária norte-americana Irmã Dorothy Stang. A religiosa foi assassinada na
cidade de Anapu, sudoeste do Pará, onde atuava defendendo direitos dos trabalhadores
rurais e projetos de desenvolvimento sustentável na região.
Em memória da missionária,
o Comitê Dorothy en Defesa da Vida, programou uma série de atividades. Na manhã de
hoje em Anapu, haverá uma missa presidida pelo Bispo da prelazia de Xingu (PA), Dom
Erwin Krautler, na igreja matriz de Santa Luzia.
À tarde, a partir das 13h,
será exibido o documentário "Mataram Irmã Dorothy”, no clube Planeta Tropical, com
espaço para debate. Ainda será feita uma visita ao túmulo da Irmã.
Em Belém
(PA), o Comitê Dorothy en Defesa da Vida também organizou uma série de atividades
que incluem uma audiência com o Presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador
Rômulo Ferreira Nunes, a partir das 10h, na sede do Tribunal de Justiça do Estado
do Pará (TJE/PA). O objetivo do encontro é cobrar da justiça explicações pela soltura
dos principais suspeitos e mandantes pela morte da religiosa.
A partir das
18h, haverá celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Belém, e Vice-Presidente
do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), Dom Orani João Tempesta. A missa será
celebrada na paróquia Santa Maria Goretti. No local, está localizada a casa sede da
Congregação Notre Dame de Namur, da qual Irmã Dorothy Stang fazia parte. De acordo
com Irmã Margarida Pantoja, uma das coordenadoras do Comitê Dorothy en Defesa da Vida,
embora a missionária norte-americana tenha partido muito cedo, o momento é de continuar
com a luta, e dar prosseguimento ao sonho plantado por ela entre as famílias mais
pobres e sofridas da floresta amazônica: Irmã Dorothy
Stang, considerada defensora da floresta amazônica e da cidadania dos povos ribeirinhos,
tinha 73 anos e morava no Brasil há 30. A missionária foi morta no dia 12 de fevereiro
de 2005 com seis tiros, no município de Anapu. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra
(CPT) e liderava o Programa de Desenvolvimento Sustentável em uma área autorizada
pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. (TA)