2009-02-10 12:21:30

Eluana Englaro morreu três dias depois de lhe ter sido interrompida a alimentação e hidratação. A sua morte seja motivo de reflexão serena para todos
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(10/2/2009) Eluana Englaro, a jovem mulher em coma vegetativo persistente há 17 anos, morreu esta segunda feira, três dias depois de lhe ter sido interrompida a alimentação e hidratação.
No momento da sua morte o Senado italiano estava reunido em sessão de emergência para examinar um projecto de lei apresentado pelo governo para impedir a morte da jovem mulher. Não era alimentada há quatro dias, seguindo a ordem judicial para desligar os meios que a mantinham presa à vida.
"Que o Senhor a receba e perdoe àqueles que a conduziram a isso", comentou o presidente do conselho pontifício para a pastoral da saúde o cardeal Javier Lozano Barragan, para o qual este não é o momento de criar polémicas , mas sim de ‘espírito de perdão e de reconciliação’.


O Padre Federico Lombardi, Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, emitiu um comunicado, com as seguintes palavras:


“Perante a morte, o fiel recolhe - se em oração e confia a Deus a alma de Eluana, uma pessoa a quem desejamos o bem e que nos últimos meses se tornou parte da nossa vida”. Agora que Eluana está em paz, desejamos que o seu caso, após tantas discussões, seja motivo de reflexão serena para todos. Com responsabilidade, no devido respeito do direito à vida, no amor e na assistência atenta aos mais vulneráveis, devemos encontrar os melhores caminhos para assistir as pessoas que não são auto-suficientes e dependem totalmente de outras. A morte de Eluana deixa uma sombra de tristeza por causa do modo como ocorreu; mas para o cristão, a morte física nunca é a última palavra. Também em nome de Eluana, continuaremos a procurar os caminhos mais eficazes para servir a vida”.
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) emitiu uma breve nota a respeito da morte de Eluana Englaro, falando num momento de “enorme dor”. Os Bispos lamentam que “as orações e os apelos de tantos homens de boa vontade não tenham sido suficientes para preservar a frágil existência” de Eluana, “que apenas precisava de cuidados amorosos”.
Depois de referir a “dignidade da pessoa e o valor inegociável da vida, sobretudo quando está indefesa”, a CEI apela a todos para que “nunca diminua esta paixão pela vida humana, desde a sua concepção ao seu fim natural”.
O presidente da CEI, D. Angelo Bagnasco, afirmou hoje que a Itália precisa de uma lei que evite novos casos como o de Eluana Englaro, manifestando "grande dor e perturbação" perante esta morte.
O Arcebispo pediu a Deus que ilumine todos "para que a ferida da morte de Eluana seja curada".








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