2009-02-02 13:49:17

Recebendo os bispos da Turquia, Papa faz votos de que os peregrinos que ali se deslocam no Ano Paulino, possam ter acesso facilitado aos lugares a ele ligados. Recordado que é inaceitável a violência contra os crentes de qualquer religião


(2/2/2009) Recebendo nesta segunda-feira os bispos católicos da Turquia, vindos a Roma em visita “ad limina Apostolorum”, Bento XVI recordou a “rica história” das comunidades cristãs naquelas terras, que ascendem aos primeiros séculos da Igreja, em ligação mesmo com o Apóstolo Paulo, do qual se celebra agora os dois mil anos do nascimento. O Papa fez votos de que prossiga o afluxo de peregrinos e que se lhes facilite “o acesso a estes lugares significativos para a fé cristã”, incluindo a possibilidade de “celebrar o culto”. Neste contexto, fez memória de “todos os cristãos, padres e leigos, que testemunharam a caridade de Cristo, por vezes até ao dom supremo da sua vida”, como aconteceu há poucos anos ao Padre André Santoro, italiano, mencionado expressamente pelo Papa.

“Que esta prodigiosa história seja para as vossas comunidades -de que conheço o vigor da fé e a abnegação nas provações – não apenas a recordação de um passado glorioso, mas também um encorajamento a prosseguir generosamente no caminho traçado, testemunhando entre os seus irmãos o amor de Deus por cada homem”.

Evocando a “expressão definitiva do Credo” alcançada em dois Concílios ecuménicos realizados precisamente nestas terras (Niceia e Constantinopla), Bento XVI fez votos de que tal constitua “uma premente incitação a aprofundar a fé da Igreja e a viver com cada vez mais ardor a partir da esperança que daí provém”. Sublinhada também a importância de uma “autêntica comunhão eclesial”, da qual os bispos são “os primeiros responsáveis, em “espírito colegial”, para além da diversidade dos ritos, reforçando a unidade do Corpo de Cristo.

Referindo-se aos religiosos, na maioria provenientes de outros países, o Papa encorajou-os a viverem cada vez mais inseridos nas respectivas comunidades locais, Recordada a necessidade de incrementar “uma vigorosa pastoral das vocações, assim como a formação dos leigos e a pastoral juvenil. Recordando que a comunidade cristã da Turquia vive numa nação com uma Constituição que reconhece a laicidade do Estado, mas cuja maioria da população é muçulmana, declarou Bento XVI:

“É importante, pois, que cristãos e muçulmanos possam comprometer-se conjuntamente a favor do homem, da vida, assim como pela paz e justiça.
A distinção entre a esfera religiosa e a esfera civil é certamente um valor que deve ser protegido. Mas, neste quadro, toca ao Estado assegurar efectivamente aos cidadãos e às comunidades religiosas a liberdade de culto e a liberdade religiosa, tornando inaceitável qualquer violência em relação aos crentes, qualquer que seja a sua religião”.








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