FÓRUM ENCERRA COM MOVIMENTOS SOCIAIS DEFININDO PAUTA DE AÇÕES. OUÇA!
Belém, 02 fev (RV) – Apesar da forte chuva que caiu em Belém, no Pará, neste
domingo, dia do encerramento do IX Fórum Social Mundial, milhares de pessoas marcaram
presença na assembléia geral que finalizou as mais de duas mil e quinhentas atividades
realizadas durante o encontro. Na oportunidade, representantes de todos os continentes
também participaram do Fórum.
Integrantes de organizações não-governamentais,
movimentos sociais e estudantes de inúmeras partes do mundo, se reuniram no campus
da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), e definiram as orientações gerais
de ação dos movimentos para 2009. Entre as deliberações finais, colhidas entre as
vinte e duas assembléias promovidas desde o dia 27 de janeiro, os diferentes movimentos
representados no evento pediram a atenção das autoridades para a retirada das tropas
israelenses do território Palestino e a intervenção da Organização das Nações Unidas
(ONU), como mediadora nas negociações sobre a crise econômica mundial. Durante
todo o encontro em Belém, foram discutidos temas como meio ambiente, a situação dos
povos indígenas e das comunidades da Amazônia, a crise econômica no mundo, a integração
regional e a idealização de iniciativas que possam construir formas de esperança e
paz para um mundo melhor. De acordo com o Bispo da Prelazia Territorial do Xingu,
Dom Erwin Kräutler, a vinda do IX Fórum Social Mundial para a Amazônia representou
um fator positivo e uma reflexão sobre os problemas com o meio ambiente e os povos
indígenas que habitam essa região do Brasil e a fronteira com outros países. Para
Dom Erwin, lutar pelos "sem voz" faz parte do compromisso assumido pela Igreja no
mundo e isso não pode ser esquecido:
O bispo, ameaçado
de morte por denunciar a exploração sexual de menores e o genocídio de índios e povos
ribeirinhos que vivem no Pará, lembrou, em entrevista à RV que o alerta sobre o problema
foi mais uma vez lançado no Fórum Social Mundial. Dom Erwin espera que a iniciativa
possa alertar as autoridades competentes para que tenham uma posição de combate ao
problema. Apesar de todos os riscos, Dom Erwin disse não temer a morte, quando a causa
por que luta é em favor dos mais fracos e oprimidos: