Roma, 31 jan (RV) - A Caritas Internacional alertou a comunidade internacional
para crises políticas e humanitárias em dois países da África.
Na República
Democrática do Congo, a Caritas pede que o governo garanta a segurança da população
civil dos ataques rebeldes no norte do país.
Entre o Natal e o mês de janeiro,
pelo menos 900 pessoas morreram e 700 foram sequestradas pelos rebeldes ugandenses
do Exército de Resistência do Senhor. A Caritas denuncia ainda que a violência está
impedindo a assistência à população atingida, e duas estruturas da organização em
Dingu e Doruma foram saqueadas.
"A Caritas pede proteção para que as organizações
humanitárias possam garantir assistência à população, que vem sofrendo há meses",
declarou o diretor nacional da Caritas Congo, Bruno Miteyo. Inicialmente, em outubro,
a organização tinha lançado um apelo para arrecadar 440 mil dólares para ajudar a
população no norte do Congo. Mas se a violência continuar neste ritmo, serão necessários
1 milhão e 600 mil dólares.
Já no Quênia, a Caritas pede quatro milhões de
dólares para fazer frente à crise alimentar. Segundo a organização, as crianças começaram
a morrer de inanição.
Uma combinação de crise financeira, alta dos preços
dos alimentos e violência após as eleições criou um cenário pouco otimista. A crise
não afeta somente os grupos mais vulneráveis, como crianças, mulheres e camponeses,
mas também grandes produtores.
"No momento, o importante é suprir as necessidades
alimentares imediatas", disse o coordenador nacional para emergências da Caritas Quênia,
Stephen Kituku. "Mas também é importante desenvolver projetos para garantir a segurança
alimentar a longo prazo", explicou.