RELAÇÕES ENTRE VATICANO E RABINATO DE ISRAEL PROSSEGUEM
Jerusalém, 29 jan (RV) - O Grão-Rabinato de Israel definiu as palavras de Bento
XVI ontem, durante a Audiência Geral, "um grande passo avante" para a solução da controvérsia
sobre os lefvrevianos.
O dia de ontem foi repleto de anúncios e desmentidos.
Tudo começou pouco antes da Audiência Geral, quando de Jerusalém chegou a notícia
de que o Grão-Rabinato considerava muito difícil prosseguir no diálogo com a Santa
Sé depois da readmissão de Dom Richard Williamson, da Fraternidade Sacerdotal São
Pio X, que pôs em dúvida o Holocausto. O mundo judaico não considerou suficiente a
carta de desculpas escrita pelo líder da comunidade e esperava de Bento XVI um "sinal"
a mais.
Depois da Audiência Geral, o diretor-geral do Rabinato de Israel, Oded
Wiener, concedeu uma entrevista desmentindo a notícia divulgada pelo jornal "Jerusalem
Post": "O Rabinato de Israel não interrompeu as relações com o Vaticano, porque creio
que seja fundamental tanto para nós, quanto para o próprio Vaticano", disse Wiener
à televisão italiana Sky Tg24.
''Acredito que as palavras do papa sejam extremamente
importantes. Não existe mais lugar para pessoas como Williamson, que nega a existência
do Holocausto. Creio que seja um grande passo avante para resolver essa controvérsia,
mas devemos ainda discutir com os membros da Comissão da Santa Sé e do Governo de
Israel o que deve ser feito para por fim a esta problemática" – declarou.