2009-01-29 12:48:49

ENCONTRO NO VATICANO SOBRE A GENÉTICA


Cidade do Vaticano, 29 jan (RV) - “As novas fronteiras da genética e o risco da eugenética”, ou seja, a capacidade de produzir uma boa descendência: será este o tema do próximo Congresso Internacional da Pontifícia Academia para a Vida, que se realizará no Vaticano entre os dias 20 e 21 de fevereiro próximo. A abertura dos trabalhos será feita pelo arcebispo Rino Fisichella, Presidente do organismo vaticano.

A primeira sessão do encontro será dedicada ao tema “As novas fronteiras: história e definição do conceito de genética”, a segunda, abordará o tema da “Dignidade da pessoa humana e eugenética”, enquanto a terceira refletirá sobre “Genética e eugenética à luz da Teologia Moral”. Os trabalhos se concluirão com a audiência do Santo Padre.

“Os conhecimentos e a pesquisa médica no campo da genética – explica uma nota da Pontifícia Academia para a Vida – são hoje de extrema importância para o progresso da medicina. A descoberta de fatores genéticos na insurgência de diversas patologias levou à percepção de que o desenvolvimento dos conhecimentos neste setor poderá fornecer uma maior capacidade não somente de controlar, mas também de debelar patologias para as quais ainda não se conhecem terapias eficazes”. Todavia, continua a nota, “como muitas vezes se verifica na história da humanidade, e da ciência em particular, as novas fronteiras do conhecimento apresentam também possibilidades aplicativas que se revelam contrárias ao verdadeiro bem do homem”.

O desenvolvimento da genética moderna não se subtrai a este risco. Os excessos da genética podem, de fato, levar à chamada eugenética, nas suas várias formas, a obter o ser humano perfeito, derrogando em alguns casos princípios éticos imprescindíveis como o respeito da vida humana e a não discriminação”. Desta visão nasce o objetivo do Congresso, ou seja, de pôr em evidência as atuais possibilidades de intervenção da medicina na luta a patologias de caráter genético, para depois analisar o desenvolvimento da eugenética seja do ponto de vista jurídico que antropológico. Serão também levadas em consideração as possíveis formas de eugenética para oferecer orientações e critérios éticos que, em linha com o ensinamento do Magistério da Igreja, sejam capazes de responder a tal desafio. (SP)







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