2009-01-27 12:08:11

CRISE EM ZIMBÁBUE: IGREJA PEDE DEMISSÃO DE MUGABE


Pretória, 27 jan (RV) - Concluiu-se algumas horas atrás em Pretória, na África do Sul, a reunião extraordinária da Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) para tentar resolver a crise política em Zimbábue.

Os chefes de Estado e de governo dos 15 países da SADC tornaram público um comunicado em que anunciam que o líder opositor zimbabuano, Morgan Tsvangirai, se tornará primeiro-ministro em 11 de fevereiro. Porém, o resultado do encontro não foi compartilhado pelos líderes zimbabuanos

Os bispos da região emitiram um comunicado condenando mais essa tentativa de mediação.

"Os líderes políticos devem deixar de apoiar e dar credibilidade ao regime ilegítimo de Mugabe. Se continuarem assim, os países-membros desta Comunidade estarão sendo cúmplices em criar as condições que levam à fome, à fuga, à doença e à morte dos cidadãos de Zimbábue. Trata-se de um genocídio passivo", afirmam os bispos de Botsuana, África do Sul e Suazilândia.

Dez meses depois das eleições realizadas em março de 2008, o presidente Mugabe permanece no poder. Ele rejeitou o resultado do pleito, abrindo uma grave crise política, que agravou a situação econômica e de saúde. Graças à mediação sul-africana, em 15 de setembro, foi alcançado um acordo que previa que Mugabe permanecesse chefe de Estado, enquanto o líder da oposição, Morgan Tsvangirai, se tornaria primeiro-ministro. Este acordo, porém, ainda não foi aplicado.

"Nós, bispos católicos da África meridional, convidamos Mugabe a demitir-se imediatamente. Dirigimos um apelo para a formação de um governo de coalizão que guie a retomada nacional e a preparação, o mais rápido possível, de eleições presidenciais", lê-se no comunicado, assinado pelo presidente da Conferência dos Bispos do sul da África, Dom Buti J. Tlhagale.







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