2009-01-25 18:17:16

A unidade em Cristo é fermento de fraternidade também no plano social, nas relações entre as nações e para a inteira família humana: Bento XVI encerrando em São Paulo fora de muros a Semana de Orações pela unidade dos cristãos. O Papa recorda os 50 anos da convocação do II Concilio Vaticano



(25/1/2009) Bento XVI presidiu na tarde deste Domingo na Basílica de São Paulo fora de muros a celebração das segundas Vésperas da solenidade da conversão de São Paulo, na conclusão da semana de oração pela unidade dos cristãos

Na homilia Bento XVI salientou antes de mais que a conversão de São Paulo nos oferece o modelo e nos indica o caminho em direcção á plena unidade. De facto a unidade exige uma conversão: da divisão á comunhão, da unidade ferida àquela restabelecida e plena. Esta conversão é dom de Cristo ressuscitado, como aconteceu com São Paulo.
A unidade que Deus concede á sua Igreja, e pela qual nos rezamos – salientou depois o Papa – é naturalmente a comunhão em sentido espiritual, na fé e na caridade; mas nós sabemos que esta unidade em Cristo é fermento de fraternidade também no plano social, nas relações entre as nações e para a inteira família humana. É o fermento do Reino de Deus que faz levedar a massa. Neste sentido –acrescentou o Santo Padre – a oração que elevamos nestes dias tornou-se também intercessão pelas varias situações de conflito que no presente afligem a humanidade.
“Lá onde as palavras humanas se tornam impotentes, porque prevalece o rumor trágico da violência e das armas, a força profética da Palavra de Deus não desfalece e repete-nos que a paz é possível e que devemos ser nós instrumentos de reconciliação e de paz. Portanto a nossa oração pela unidade e pela paz pede sempre para ser comprovada por gestos corajosos de reconciliação entre nós cristãos.
Penso ainda na Terra Santa, disse Bento XVI, acrescentando: “quanto é importante que os fiéis que lá vivem, bem como os peregrinos que ali se deslocam ofereçam a todos o testemunho que a diversidade dos ritos e das tradições não deveria constituir um obstáculo ao respeito recíproco e á caridade fraterna. Nas diversidades legitimas de tradições diferentes devemos procurar a unidade da fé, no nosso sim fundamental a Cristo e á sua única Igreja. E assim, as diversidades já não serão obstáculo que nos separa, mas riqueza na multiplicidade das expressões da fé comum.
A concluir a sua homilia Bento XVI quis recordar que há precisamente 50 anos, a 25 de Janeiro de 1959 o beato João XXIII manifestou pela primeira vez, precisamente em São Paulo fora de muros a sua vontade de convocar um concilio ecuménico para a Igreja universal, do qual derivou também um contributo fundamental para o ecumenismo, condensado no Decreto Unitatis redintegratio.








All the contents on this site are copyrighted ©.