DESILUSÃO DA IGREJA: OBAMA DECIDE FINANCIAR ONGs QUE PROMOVEM ABORTOS NO TERCEIRO
MUNDO
Filadélfia, 24 jan (RV) - "Decepção": esse foi o sentimento manifestado pelos
bispos dos Estados Unidos, em relação à decisão do novo presidente, Barack Obama,
de desbloquear os recursos federais para financiar grupos abortistas.
"Uma
administração que queira reduzir o número de abortos não deveria "desviar" verbas
federais para financiar grupos que promovem o aborto" – denuncia o cardeal-arcebispo
da Filadélfia, Justin Francis Rigali, referindo-se à decisão do Presidente Obama,
de permitir o financiamento público às organizações abortistas que operam no exterior.
Na
qualidade de presidente da Comissão para a Vida, do Episcopado norte-americano, o
purpurado se disse decepcionado, pela opção do novo Executivo do país, de cancelar
a "Mexico City Policy", que impedia que as ONGs que promovem campanhas a favor do
aborto como método de planejamento familiar, nos países do terceiro mundo, pudessem
ser financiadas com o dinheiro dos contribuintes norte-americanos.
Por sua
vez, em Roma, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Rino Fisichella,
qualificou neste sábado, de "arrogância", a decisão de Barack Obama. "É a arrogância
de quem acredita que faz o que é justo, ao assinar um decreto que apoia o aborto e,
portanto, a destruição de seres humanos" − criticou Dom Fisichella, em entrevista
ao jornal italiano "Corriere della Sera".
"Se este é um dos primeiros atos
do presidente Obama, com todo o respeito, penso que o caminho para a decepção foi
curto" − afirmou o arcebispo.
Dom Fisichella também criticou a autorização
do governo norte-americano para o primeiro experimento em seres humanos com células-tronco
embrionárias humanas. "Minha primeira impressão – disse o arcebispo − é de que o presidente
cedeu às pressões das multinacionais do setor. O problema não é científico, mas sim
ideológico e econômico" – ressaltou. (AF)