(22/1/2009) Uma dezena de instituições de âmbito social estiveram reunidas com a
Comissão Episcopal da Pastoral Social para analisar o momento actual e estudar novas
formas de actuação. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Carlos Azevedo, Presidente
da Comissão Episcopal da Pastoral Social sublinha que é fundamental “estar atento
aos desafios do futuro para podermos prevenir as situações e não ir apenas atrás das
respostas imediatas”. Com a crise nacional e internacional, estas instituições
que estão próximas das “situações de limite têm dificuldades em responder a tantas
solicitações” – frisou D. Carlos Azevedo. E cita um exemplo: “as irmãs do Bom Pastor
que estão na Alta de Lisboa disseram que os casos são cada vez mais dramáticos e alargados”.
No panorama actual, existem “situações familiares terríveis”. Apesar da resposta
imediata aos problemas ser uma solução, D. Carlos Azevedo apela para que se proceda
“uma reflexão profunda”. Neste âmbito, a Comissão Nacional Justiça e Paz terá uma
reunião, dia 26 de Janeiro, onde apresentará o seu plano de actividades para o próximo
triénio. “Um plano criativo que tem em conta a realidade actual”. Estudar as causas
da realidade no mundo actual é um passo urgente. É fundamental responder a “uma concepção
justa do que é o ser humano” – afirmou. No final da reunião, realizada ontem (21
de Janeiro), D. Carlos Azevedo referiu que estes encontros estimulam a qualidade.
E acrescenta: “As instituições sociais da igreja devem primar pela qualidade (humana
e técnica). A prestação de serviços deve ser o mais competente possível e deverá ter
em conta “a integridade do ser humano”. Depois de auscultar as grandes preocupações
dos agentes que trabalham nesta área, a Comissão Episcopal da Pastoral Social irá
desenvolver algumas temáticas e estudar assuntos que sejam mais oportunos. Com
o aumento da quantidade e intensidade dos dramas, D. Carlos Azevedo propõe uma “sociedade
coesa” para responder aos problemas. A coesão de todos é uma porta para a saída da
crise. A sociedade civil “deve empenhar-se e não carregar para a Igreja ou Estado”
as respostas às situações. E finaliza: “O próprio discurso de Obama (Presidente dos
EUA) teve em conta esta temática: responsabilidade não meramente individual mas cooperante”. (Em
Ecclesia)