“Perder o medo diante do estrangeiro”: para o presidente da comissão episcopal portuguesa
de pastoral social é necessário aprender a acolher os migrantes, «ameaçados» pela
recessão
(17/1/2009) “Apoio e formação” são condições para quem deseje acolher sadiamente
os imigrantes, nomeadamente numa ocasião em que as migrações são um fenómeno “jamais
visto” nas sociedades europeias. Ele é necessário à Europa, embora directivas comunitárias
acentuem as limitações à sua entrada na Europa. Uma certeza comunicada aos participantes
no IX Encontro de Animadores Sócio-pastorais das migrações por D. Carlos Azevedo,
que recordou também os tempos de recessão económica como “ameaça” às populações migrantes,
por causa da diminuição dos postos de trabalho e por estarem desprotegidas socialmente.
O Presidente da Comissão Episcopal de Pastoral Social afirmou, na sessão de abertura
do encontro que analisa o tema “Mobilidade global: uma oportunidade de missão”, a
necessidade de perceber a realidade. “Perceber que a integração é um processo, não
uma condição prévia”. Diante de agentes sociais e pastorais, que trabalham com populações
migrantes nos diferentes distritos do país, ligados à Caritas ou aos Secretariados
Diocesanos da Mobilidade Humana e também nas comunidades portuguesas na diáspora,
D. Carlos Azevedo afirmou a necessidade de integrar integralmente os migrantes: pessoal,
social e culturalmente. “Importa evitar o culturalismo, uma vez que as culturas são
construções humanas em evolução”, que integram diferentes contributos: de quem chega
e de quem acolhe. Para D. Carlos Azevedo, é preciso “perder medo e adoptar o respeito
mútuo”