2009-01-17 13:12:43

JESUÍTAS: PROCESSO POR MASSACRE DE 1989 SE REALIZE EM EL SALVADOR


Madri, 17 jan (RV) - Os jesuítas da província espanhola de Castilla publicaram um comunicado a respeito da possível reabertura do processo contra os autores do massacre perpetrado na Universidade centro-americana de São Salvador, em 16 de novembro de 1989. Os jesuítas espanhóis declaram que, em sintonia com os superiores de El Salvador, preferem que a justiça seja feita no próprio país onde se verificou o crime.

Na nota, afirmam não concordar com a abertura do caso na Espanha, mas ressalvam: “Se as famílias das vítimas (cinco eram espanholas) quiserem iniciar o processo no tribunal de Madri, consideramos seu direito legítimo, e as ajudaremos, se necessário”.

No atentado à Universidade de São Salvador foram assassinados seis jesuítas, uma doméstica e sua filha de 15 anos. Em 1991, nove militares foram processados pelo massacre. Apenas dois foram condenados a 30 anos de cárcere; mas com o fim da guerra civil e a anistia proclamada em 1993 pela Aliança Republicana Nacionalista (Arena), que ainda hoje governa o país, o caso foi arquivado.

El Salvador, importantes organizações de defesa de direitos humanos e vários países criticaram fortemente o modo como o processo foi celebrado. Em 2000, os jesuítas pediram oficialmente a reabertura do processo, responsabilizando também outras pessoas, como o ex-presidente Alfredo Cristiani e altos expoentes do exército de El Salvador. Mas a justiça salvadorenha negou o pedido. Enfim, em 2006, os jesuítas fizeram apelo à Comissão Interamericana dos direitos humanos da Organização dos Estados Americanos, OEA, e ainda aguardam a veredicto. A última proposta de reabertura, apresentada em 13 de novembro passado, por duas organizações de tutela de direitos humanos, foi acolhida pelo tribunal de Madri em 13 de janeiro. Neste processo, são acusados 14 militares do exército de El Salvador.







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