2009-01-17 13:00:06

Clara tomada de posição do Representante Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, sobre o conflito israelo- palestiniano e a actual situação em Gaza


(17/1/2009) A Santa Sé “exprime a sua solidariedade aos civis de Gaza e de algumas cidades israelitas, que suportam o peso de um cruel conflito” – assegurou nesta sexta-feira, em Nova Iorque o representante permanente junto da ONU, intervindo na Assembleia Geral das Nações Unidas, convocada em sessão especial de emergência para debater a questão dos territórios palestinianos ilegalmente ocupados por Israel (incluindo Jerusalém Leste).
O arcebispo D. Celestino Migliore aproveitou a ocasião para fazer votos de “que o Secretário Geral consiga levar a bom termo a sua missão” de paz naqueles territórios, coroando os “esforços diplomáticos em curso e garantindo que a urgente ajuda humanitária possa efectivamente chegar às pessoas” que dela carecem.
“A Santa Sé – declarou – pede que seja integralmente aplicada a Resolução 1860 do Conselho de Segurança, de 8 de Janeiro, que reclama um imediato e permanente cessar-fogo, assim como uma assistência humanitária sem entraves”. “Nos últimos dias – recorda Mons. Migliore – fomos testemunhas de que ambas as partes ignoraram, na prática, a distinção entre civis e militares”. “No contexto daquela Resolução, chamamos ambas as partes a conformar-se plenamente às exigências da lei humanitária internacional, que visa assegurar a protecção dos civis”.

“A conturbada história de sessenta anos de coexistência entre israelitas e palestinianos – recordou o representante da Santa Sé têm sido teatro de um longo suceder-se de conflitos, mas também de diálogo, nomeadamente os encontros de Madrid, os Acordos de Oslo, o Memorando de Wye, o processo de paz do Quarteto, a “road map” e a Conferência de Annapolis, com a solução dos dois Estados. Infelizmente, porém, até agora não chegaram a ser bem sucedidos os muitos esforços para estabelecer a paz entre os povos israelita e palestiniano”.

A Delegação da Santa Sé na ONU observa que “a falência de tantos esforços se deve a uma vontade política não suficientemente corajosa e coerente em ordem ao estabelecimento da paz, de ambas as partes, e nos últimos tempos à recusa de se encontrarem e de forjarem uma paz justa e duradoura”.
“As Nações Unidas têm a grave tarefa de levar as partes ao respeito do cessar-fogo, abrir o caminho a negociações e a um entendimento entre elas e assegurar a assistência humanitária”. “Esta Assembleia Geral – concluiu o arcebispo Celestino Migliore – pode ajudar as partes em conflito a descobrirem novos esquemas para o estabelecimento da paz, esquemas baseados na aceitação e compreensão recíprocas, no respeito da diversidade”.









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