Bispos Portugueses escrevem Nota Pastoral por ocasião dos 50 anos do Monumento a Cristo
Rei, em Lisboa
(17/1/2009) Numa Nota Pastoral por ocasião dos 50 anos do Monumento a Cristo Rei
nas margens do rio Tejo em Lisboa, os bispos portugueses desejam “o respeito pela
laicidade positiva” e anunciam “que o evangelizador não se pode calar”. Publicado
hoje (16 de Janeiro), o documento realça que “ler a presença de Deus na história,
à luz de Cristo, é fonte de novo ardor na construção do bem comum”. Quando o evangelizador
denuncia as injustiças e tem “a resposta pronta e concreta às situações” acontece
anúncio. No último capítulo da Nota da Conferência Episcopal Portuguesa, os bispos
realçam que o monumento a Cristo Rei (situado em Almada) apresenta “Cristo de coração
e braços abertos, é um sinal eloquente da verdadeira imagem de Deus: humano e acolhedor,
manso e humilde, um Deus que ama infinitamente a cada pessoa e a toda a humanidade”.
Este caminho de amor ao próximo impele os cristãos de “lutar sempre para libertar
a sociedade do nosso tempo da escravidão e da injustiça, ser defensores da vida em
todas as circunstâncias, ser capazes do perdão, estar atentos à salvaguarda da criação,
ser construtores da paz e arautos da esperança”. Ocorre a 17 de Maio de 2009 o
cinquentenário da inauguração do Santuário a Cristo Rei, em Almada, na diocese de
Setúbal. Os Bispos de Portugal consideram oportuno lembrar “o contexto deste empreendimento,
focar os eixos da espiritualidade que o ergueram e aprofundar a mensagem deste Santuário
para as comunidades cristãs”. De facto, perante a "cruenta guerra civil na vizinha
Espanha e o crescimento do desprezo por Deus, o monumento era acto de desagravo, mas
sobretudo expressava gratidão a Cristo por Portugal gozar de paz e incentivava a exigência
de um ressurgimento nacional inspirado, na linha da tradição, em Jesus Cristo, único
Senhor" - refere a nota. Depois de explicarem as razões que motivaram a construção
do Santuário, os bispos apelam a um ardor renovado da nova evangelização. “Só assim
se suscitará a adesão pessoal a Jesus Cristo e à Igreja de tantos homens e mulheres
baptizados que vivem sem energia o cristianismo” – lê-se na Nota Pastoral.