ORIENTE MÉDIO NÃO É SINÔNIMO DE ISLAMISMO

Cidade do Vaticano, 16 jan (RV) - "A incapacidade do Ocidente de encontrar uma solução para o longo conflito entre israelenses e palestinos alimenta o fundamentalismo islâmico, e é bom lembrarmos que a civilização médio-oriental não é apenas islâmica, mas também cristã e hebraica". É o que afirma a 'Civiltá Cattolica', publicação da Companhia de Jesus, em um artigo assinado pelo historiador Pe. Giovanni Sale dedicado à civilização médio-oriental e à sua formação histórico-religiosa.

A Civiltá Cattolica releva ainda que “seja o cristianismo árabe como o judaísmo pertencem plenamente ao mundo médio-oriental, e que ambos contribuíram, cada um de seu jeito, para criar aquela civilização; que tem como elementos básicos a religião e a cultura islâmica”.

“Nas últimas décadas – afirma Pe. Sale – a questão israelense-palestina e a incapacidade do mundo ocidental de identificar uma justa solução alimentaram involuntariamente a propagação do extremismo islâmico. Este fundamentalismo tentou passar a idéia de um Oriente Médio diferente da análise histórica objetiva e ‘purificá-la, segundo seu ponto de vista, dos elementos ‘sionistas e cruzados’ de sua história, que considera estranhos ao espírito islâmico e médio-oriental” – completa o editorial.