2009-01-15 20:06:42

REPRESENTANTE VATICANO NA ONU: URGENTE GARANTIR A SEGURANÇA DOS CIVIS NAS ZONAS DE GUERRA


Nova Iorque, 15 jan (RV) - A dramática situação em Gaza, no Congo, Iraque e Darfur (no Sudão) demonstra que não se está fazendo o bastante para proteger as populações civis nas áreas de guerra. Foi o que denunciou o observador permanente da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, Dom Celestino Migliore, em seu pronunciamento no Conselho de Segurança do organismo internacional, sobre o tema da proteção dos civis nos conflitos armados.

Dom Migliore ressaltou que, muitas vezes, por razões políticas ou militares, são violados os mais elementares direitos dos civis, em particular, mulheres e crianças.

Neste 2009, em que se celebra o 60º aniversário da Convenção de Genebra, a comunidade internacional deve comprometer-se concretamente a proteger os civis durante os conflitos armados: foi o apelo do arcebispo.

Dom Migliore disse que o que está acontecendo em Gaza, Iraque e na República Democrática do Congo, demonstra que "a segurança dos civis em áreas de guerra está-se tornando sempre mais crítica".

Em seguida, o observador vaticano indicou os "três pilares" para garantir a segurança da população civil: acesso às ajudas humanitárias; proteção especial às mulheres e crianças; e desarmamento".

Por outro lado – ressaltou o representante vaticano –, as violações perpetradas contra as populações civis em muitas partes do mundo não são somente um efeito da guerra. Continuamos a ver civis utilizados deliberadamente como instrumentos para obter resultados políticos ou militares – constatou com pesar. Nestes dias – observou ainda Dom Migliore – vimos uma falência total no distinguir os civis dos objetivos militares.

Quando as armas são utilizadas sem adotar medidas racionáveis para evitar atingir os civis, quando mulheres e crianças são usadas como escudos humanos, quando – advertiu ainda Dom Migliore – é negado o acesso das ajudas humanitárias a Gaza, são destruídos os vilarejos no Darfur e a violência sexual devasta a vida de mulheres e crianças no Congo; resulta tristemente claro que as razões políticas e militares passam por cima do respeito basilar da dignidade e dos direitos das pessoas e das comunidades.

Em seguida, Dom Migliore reiterou que para assegurar a proteção de civis não basta um renovado compromisso a respeitar as leis humanitárias, mas é, sobretudo, necessária uma boa vontade política. Cada parte beligerante deve ser responsável pela proteção dos indivíduos e das comunidades – prosseguiu.

O arcebispo advertiu que o aumento das vítimas civis nos conflitos é também conseqüência da produção maciça de novos e sofisticados armamentos. O representante vaticano na ONU reiterou a urgência de um Tratado para o controle do comércio e das armas e encorajou todos os Estados a ratificarem a Convenção sabre as bombas de fragmentação, recentemente adotada.







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