2009-01-14 18:52:33

NORTE-AMERICANO QUER TIRAR DEUS DE JURAMENTO DE POSSE DE OBAMA


Washington, 14 jan (RV) - Diversamente do que aconteceu com os outros líderes do Executivo do país, quando Barack Obama assumir o cargo, no próximo dia 20, talvez ele não possa repetir a expressão "So help me God" (algo como "E que Deus me ajude!") que sempre conclui o juramento formal da posse dos presidentes dos EUA.

Isso vai ser decidido nesta quinta-feira, 15, quando uma corte distrital da capital, Washington, vai julgar o pedido do advogado Michael Newdow, ativista ateu que busca tirar referências religiosas de práticas do governo do país. Segundo ele, com a menção a Deus, incluída pela Suprema Corte, os cidadãos de outras crenças são excluídos do discurso que deveria ser representativo de toda a população do país.

"Decidi fazer isso, porque acredito profundamente na igualdade. Acho que não há igualdade quando o governo toma uma decisão que envolve escolhas religiosas" – disse. Se depender dele, o juramento vai se encerrar na menção à Constituição, sem falar em religião.

Em seu discurso pessoal durante a cerimônia − disse Newdow – o presidente pode falar sobre religião ou qualquer outro tema que o interesse. "O que não aceito é que a Suprema Corte dos Estados Unidos defina que o texto constitucional do juramento obrigatório na tomada de posse do presidente inclua uma citação a Deus. A Justiça não pode mudar a Constituição com base em religião nenhuma. Isso me ofende pessoalmente. Os indivíduos podem fazer o que quiserem, mas o meu governo não pode dizer que nós, como povo, acreditamos em algo ou alguém" – declarou Michael Newdow.

O texto do juramento diz: "Juro, solenemente, que vou desempenhar fielmente o cargo de presidente dos Estados Unidos, e vou fazer o possível para proteger, preservar e defender a Constituição dos Estados Unidos." Esse foi o juramento feito por todos os presidentes dos EUA. A tradição diz que o primeiro presidente a incluir a invocação "E que Deus me ajude!", no final do juramento foi George Washington, em 1789. A partir de então, todos adotaram a frase final.

Se depender de Newdow, também as cédulas de dólar – a moeda dos EUA – deverão perder a frase que as encima "In God we trust" (Nós confiamos em Deus). (AF)







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