NAS EXÉQUIAS, PAPA DESTACA "FIEL DEDICAÇÃO" DO CARD. PIO LAGHI
Cidade do Vaticano, 13 jan (RV) - As exéquias do Cardeal Pio Laghi foram celebradas
na manhã desta nesta terça-feira, na Basílica de São Pedro, presididas pelo decano
do Colégio Cardinalício, Cardeal Angelo Sodano.
A homilia foi feita por Bento
XVI, na qual destacou que toda missão sacerdotal do Cardeal Pio Laghi foi vivida a
serviço da Santa Sé. O pontífice mencionou seu longo itinerário diplomático e pastoral
nas nunciaturas de diversas nações: Nicarágua, EUA, Índia, Israel e Palestina, Chipre,
Grécia e Argentina.
Bento XVI recordou ainda duas missões confiadas a Pio Laghi
no início do terceiro milênio: como enviado especial de João Paulo II a Israel e à
Autoridade Palestina, em 30 de maio de 2001, para entregar uma mensagem de paz do
pontífice; e em 1º de março de 2003, desta vez nos Estados Unidos, para ilustrar ao
presidente George W. Bush a posição e as iniciativas empreendidas pela Santa Sé para
contribuir ao desarmamento e à paz no Oriente Médio.
Missões, afirmou o papa,
que ele realizou, "como sempre, com fiel dedicação a Cristo e a sua Igreja", e citou
algumas palavras do seu testamento espiritual: "Aspirei amar Cristo e servi-Lo toda
a minha vida, apesar de, com frequência, minha humana fragilidade ter me impedido
de manifestar-Lhe de modo sempre edificante, como gostaria, o meu amor, fidelidade
e plena dedicação aos seus desejos".
"Agradeçamos a Deus pelo dom deste nosso
irmão e amigo, e por todo bem que ele, com a ajuda da graça divina, realizou nos vários
âmbitos nos quais foi chamado a desempenhar sua preciosa atividade pastoral e diplomática"
– afirmou o pontífice. Ele destacou ainda a obra de Pio Laghi na promoção das vocações
e na formação dos sacerdotes.
"No momento em que nos despedimos dele, o nosso
coração se anima com a salda esperança que, como nos recordou a liturgia de hoje,
'estava cheia de imortalidade', a esperança que iluminou a vida sacerdotal e apostólica
do Cardeal Pio Laghi e que agora encontra plena e definitiva realização no chamado
divino a participar do banquete do Céu" – concluiu Bento XVI.
A seguir, o
papa presidiu o rito da Última Encomendação e Despedida.