2009-01-12 13:55:23

Sinergia de esforços e importância da educação juvenil: as duas linhas de orientação do Papa aos representantes das autarquias locais de Roma e do Lácio


(12/1/2009) Perante a “grave crise económica” actual (aliás ligada a uma crise “estrutural, cultural e de valores”), é indispensável reagir, superando divisões e concordando estratégias”, dando corpo a um “projecto orgânico” para o futuro: observações de Bento XVI, recebendo nesta segunda-feira no Vaticano os autarcas locais de Roma e do Lácio.
Referindo a presença activa da comunidade católica na Cidade e no distrito de Roma e na província correspondente, o Santo Padre recordou uma vez mais que a Igreja “não pede nem reivindica privilégios, mas deseja que a sua própria missão espiritual e social continue a encontrar apreço e cooperação”, assegurando assim a “indispensável sinergia entre todas as Instituições, para dar respostas concretas às crescentes necessidades das pessoas”.
Para além do “testemunho evangélico” e da “intensa actividade de promoção humana” a que os católicos se sentem “estimulados”, “ao Estado (recordou o Papa) compete aplicar apropriadas políticas económicas e sociais”. A missão específica da Igreja é outra:

“À luz da sua doutrina social, a Igreja está chamada a dar o seu contributo estimulando a reflexão e formando as consciências dos fiéis e de todos os cidadãos de boa vontade. Porventura mais do que nunca a sociedade civil compreende hoje que só com estilos de vida inspirados na sobriedade, na solidariedade e na responsabilidade, é possível construir uma sociedade mais justa e um futuro melhor para todos”.

Os poderes públicos, por sua vez, hão-de assegurar a cada um o exercício dos respectivos direitos, recordando os respectivos deveres:

“É uma prioridade inadiável formar ao respeito das normas, ao assumir das próprias responsabilidade e a adoptar um modo de vida qu e reduza o individualismo e a defesa dos interesses de parte para tender conjuntamente ao bem de todos, tomando especialmente a peito as expectativas dos sujeitos mais débeis da população, que não sejam considerados como um peso, mas sim como um recurso a valorizar”.

Neste contexto, Bento XVI recordou às autoridades locais de Roma e província a importância dos jovens e da respectiva formação, observando que “se têm vindo a enfraquecer, nas novas gerações, os valores naturais e cristãos que dão significado ao viver quotidiano e formam uma visão da vida aberta à esperança”, ao passo que “emergem desejos efémeros e expectativas não duradouras”, que acabam por gerar “tédio e desaires”.

“Perante o niilismo que penetra de maneira crescente o mundo juvenil, a Igreja convida todos os dedicarem-se seriamente aos jovens, não os deixando entregues a si mesmos, expostos à escolha de maus mestres, mas empenhando-os em iniciativas sérias, que lhes permitam compreender o valor da vida numa família estável assente no matrimónio. Só assim se lhes dá a possibilidade de projectar com confiança o seu futuro”.








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