2009-01-12 12:47:58

IGREJA LEVA 20 MIL ÀS RUAS PELO FIM DA VIOLÊNCIA NA GUATEMALA


Cidade de Guatemala, 12 jan (RV) - Convidadas pelo Cardeal Rodolfo Quezada Toruño, arcebispo de Guatemala, mais de 20 mil pessoas vestidas de branco marcharam pelas ruas da capital, sábado, em repúdio aos atos de violência no país centro-americano.

A passeata partiu da Praça da Constituição, às 14h, mas desde as 11h, as igrejas preparavam seus fiéis. Grupos de jovens animaram a caminhada com músicas e slogans de paz, e levavam cartazes com os dizeres “Sem justiça social não há paz”. Às 16h, os participantes se concentraram diante da Catedral Metropolitana, onde se realizou a Missa, que teve a presença do presidente do país, Álvaro Colom, do vice-presidente, ministros e expoentes da sociedade civil.

O cardeal pediu aos guatemaltecos para não guardarem rancores e buscarem a paz dentro de si. “2008 – lembrou ele – foi um dos anos mais violentos da história recente, com 6.292 pessoas assassinadas. Dom Quezada Toruño convidou a refletir sobre os milhares de órfãos e viúvas causados por esta onda de criminalidade.

“Condenamos a violência como anticristã, anti-evangélica, anti-humana e anti-guatemalteca. Irmãos e irmãs, que o coração de pedra se transforme em carne e se solidarize de modo prático com todas as pessoas que sofreram o flagelo da violência” – destacou o cardeal primaz da Guatemala.

“25% dos habitantes de Cidade de Guatemala sobrevivem na miséria, em condições sub-humanas” – denunciou, pedindo ao presidente, Álvaro Colom, que faça todo o esforço possível para atender às necessidades dos mais pobres. Fontes oficiais apontam que em 2008, os pobres guatemaltecos aumentaram em um milhão de pessoas.

O cardeal Quezada Toruño foi presidente da Comissão Nacional de Reconciliação, que na década de 80 criou as bases que permitiram o acordo de paz entre Exército e guerrilha, em 1996. “Hoje – disse, explicando uma contradição - caladas as armas da guerra civil, morre mais gente nas ruas pela delinqüência comum”.

Uma pesquisa publicada sexta-feira indica que 78% da população se sente insegura quando sai de suas casas e 90% teme ser seqüestrado.







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