KIKO ARGÜELLO: A EXPERIÊNCIA ECLESIAL DO "CAMINHO NEOCATECUMENAL", POR ELE INICIADO
- Os iniciadores do Caminho neocatecumenal, o pintor e músico Kiko Argüello e Carmen
Hernández, juntamente com o Pe. Mario Pezzi, apresentaram esta tarde ao Santo Padre,
na Basílica de São Pedro, a 1º Comunidade neocatecumenal da paróquia romana dos Santos
Mártires canadenses, e os frutos dados à Igreja de Roma nestes 40 anos dessa experiência
de iniciação cristã.
O Caminho está hoje presente em 120 países do mundo com
20 mil comunidades em 5.500 paróquias. Durante o encontro, o papa fez o envio de 14
comunidades de Roma que irão ajudar as paróquias nas zonas mais difíceis e mais secularizadas
da periferia da capital; 14 "Missio ad gentes" a zonas descristianizadas de grandes
cidades como Colônia e Nova Iorque, como também entre os aborígines australianos;
e mais de 200 famílias que irão em missão a várias partes do mundo.
O Caminho
neocatecumenal nasceu na Espanha em 1964. A Rádio Vaticano entrevistou Kiko Argüello,
a quem perguntou o que estes anos de experiência eclesial representaram para a Igreja
no mundo inteiro:
Kiko Argüello:- "A coisa mais importante é a iniciação
cristã que se abre nas paróquias, como um itinerário de retorno para os que se encontram
distantes da Igreja. Hoje, diante de toda a secularização e da mudança global do mundo,
acreditamos que seja muito importante ajudar os cristãos nas paróquias para que tenham
uma fé mais adulta. Creio que isso seja muito importante para a Igreja."
P.
Na celebração desta tarde, o papa fez o envio de 14 "Missio ad gentes" (missões além-fronteiras).
Já se começa a ver algum fruto da missão "ad gentes" nas zonas mais descristianizadas
da Europa?
Kiko Argüello:- "O papa enviou as primeiras sete 'Missio
ad gentes' dois anos atrás. 'Missio ad gentes' é uma forma nova da presença da Igreja,
não é exatamente uma paróquia, mas é quase como uma paróquia: é uma missão. E a beleza
dessa missão é que não se parte do templo, mas se parte – como a Igreja primitiva
– de uma comunidade cristã como o templo de Cristo, como o corpo de Cristo ressuscitado.
Partiram aquelas famílias que já concluíram o percurso neocatecumenal, repletas de
filhos adultos, e todos eles aceitaram mudar de universidade, casa, e ir a essas zonas
tão difíceis. Visitam as casas, rezam pelas ruas, anunciam o kerygma e convidam as
pessoas em suas próprias casas a 'escrutarem' a Palavra de Deus, a conhecerem Jesus
Cristo, e estamos muito contentes pelo modo como as coisas estão caminhando. Também
os missionários estão contentes. Eles afirmam que estar em missão, mesmo sofrendo,
é a coisa mais bela e maior da vida!" (RL)