2009-01-05 18:45:01

PREMENTE APELO DE 'PAX CHRISTI' PELO FIM DAS HOSTILIDADES PALESTINO-ISRAELENSES


Roma, 05 jan (RV) - Um inferno de horror, morte e destruição, de lutos, dor e ódio está-se abatendo nestas horas na Faixa de Gaza e no território israelense adjacente – é o que afirma 'Pax Christi' num apelo pelo fim das hostilidades palestino-israelenses.

O apelo inicia citando palavras do pároco da paróquia da Sagrada Família, em Gaza, Pe. Manuel Musallam - único sacerdote católico da Faixa de Gaza -, em que afirma: "O que está em andamento em Gaza é um massacre, não um bombardeio, é um crime de guerra e mais uma vez ninguém o diz".

Em seu apelo, 'Pax Christi' dirige-se aos chefes políticos e militares israelenses, pedindo-lhes que considerem que junto aos milicianos de Hamas estão atingindo, matando e ferindo centenas de civis palestinos. "Não é possível que os senhores não tenham calculado isso", é impossível não saber "que em Gaza não existem objetivos a serem mirados cirurgicamente".

"Não é possível que não tenham considerado que há muito tempo é a população de Gaza que vive sob embargo, sem corrente elétrica, sem alimento, sem medicamentos, sem a possibilidade de fuga."

"As suas cruéis operações de guerra realizam obra de morte contra mulheres, crianças e homens que não podem escapar nem proteger-se e sobreviver, deixando os hospitais cheios e os fornos de pão vazios."

Ouçam seus próprios concidadãos que atuam nas organizações israelenses pela paz – exorta 'Pax Christi' em seu apelo.

"Somos responsáveis pelo desespero de um povo sob assédio. Hamas há semanas havia declarado que teria sido possível retomar a trégua desde que Israel reabrisse as fronteiras e permitisse a entrada das ajudas humanitárias. O governo de Israel escolheu conscientemente ignorar as declarações de Hamas e cinicamente escolheu, para fins eleitorais, o caminho da guerra" – afirma o Movimento católico internacional pela paz.

'Pax Christi' dirige-se também aos chefes de Hamas, pedindo-lhes que considerem que os seus foguetes artesanais lançados contra cidades israelenses próximas ao confim são instrumentos ulteriores de destruição e, por sorte, raramente de morte, e criam inutilmente medo e tensão entre os civis. "São uma absurda e louca reação à opressão sofrida, que se presta como álibi para uma agressão ilegal" - acrescenta.

E nós homens e mulheres que pertencemos à sociedade civil – exorta 'Pax Christi' –, fiquemos ao menos um minuto junto a todos os civis que sofrem. Junto às centenas de palestinos mortos, que para nós jamais terão um nome e rosto, como as vítimas israelenses. Às centenas de feridos palestinos e aos felizmente poucos feridos israelenses. A quem perdeu a sua casa. A quem não pode tratar-se.

Em seguida, todos juntos, levantemos a voz: esse não é o caminho que levará Israel a viver em paz e segurança. Não é o caminho que levará os palestinos a viverem com dignidade num Estado sem mais ocupação militar, livre e soberano. (RL)







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