A Polónia acolherá o próximo encontro europeu de Taizé: revelou o Irmão Alois
em Bruxelas
(1/1/2009) Durante estes dias, interrogamo-nos: como purificar em nós a fonte de
esperança e de alegria? Não será, antes de mais, ao procurar descobrir a presença
de um Deus de amor na nossa vida? Para alguns dos nossos contemporâneos, escutar
uma palavra destas sobre o amor de Deus parece por vezes demasiado fácil. São muitos
os que procuram com seriedade um sentido para a sua vida e que contudo não conseguem
acreditar num Deus pessoal que os ama. Estaremos suficientemente atentos àqueles que
procuram a fé, mas para quem Deus permanece imperceptível? No Natal, celebrámos
o nascimento de Cristo, através do qual Deus se faz próximo. Contudo, não podemos
esquecer que Deus ficará sempre para além daquilo que podemos compreender. Abramos
largamente o nosso coração e a nossa inteligência a estas duas dimensões do mistério
de Deus: a sua proximidade e a sua transcendência. Nem todos conseguem apreender
estas duas dimensões. Uns são tocados pela sua presença muito próxima, quase sensível
ao seu coração. Outros, como a Madre Teresa, conhecem de Deus, talvez durante longos
períodos da sua vida, sobretudo o seu silêncio. O importante então é caminhar
em conjunto, seguindo Jesus: ele mesmo conheceu quer a grande proximidade de Deus
quer, em particular sobre a cruz, o silêncio de Deus. Nós seguimos este Jesus e é
a ele que nos agarramos. A fé cristã aparece então como um risco, como a audácia da
confiança. No final da Carta do Quénia, encontraram uma Mensagem à União Europeia.
É que nós estamos em Bruxelas, sede de numerosas instituições europeias. Porquê esta
mensagem? Os nossos Encontros Europeus contribuem há mais de 30 anos para aprofundar
o conhecimento mútuo entre países europeus. Sim, nós queremos uma Europa aberta e
solidária. E gostaríamos que as instituições europeias fizessem tudo para caminharem
nesse sentido. A Europa conseguiu abrir um período de paz sem precedentes na história.
Foram os cristãos que ousaram iniciar reconciliações inesperadas entre povos europeus.
Será que vós, jovens, ireis continuar a construir esta paz? Ireis interrogar-vos:
como contribuir para a construção de uma Europa aberta e solidária? Há quinze
dias, vim a Bruxelas trazer esta mensagem ao presidente da Comissão Europeia, José
Manuel Durão Barroso. Com esta iniciativa, quis exprimir a esperança de que a nossa
«Peregrinação de Confiança através da Terra» traga frutos também para a vida das sociedades.
E agora algumas novidades. Em conjunto, vamos continuar a «Peregrinação de Confiança».
Haverá encontros em Taizé durante todo o ano. E, daqui a um ano, haverá um Encontro
Europeu. Realizar-se-á numa cidade onde somos muito esperados e cujo acolhimento será
caloroso. O Arcebispo desta cidade encontra-se esta noite aqui connosco. O próximo
Encontro Europeu terá lugar entre 28 de Dezembro e 1 de Janeiro na Polónia, na cidade
de Poznan. Há muitos jovens polacos entre nós. O Andrzej, que vem de Poznan, vai
dizer-nos umas palavras: «Quero simplesmente dizer-vos que o nosso coração está completamente
aberto e que faremos todo o possível para vos acolher com alegria». Não vamos
continuar a Peregrinação apenas na Europa, mas também noutros continentes. Depois
da África, voltaremos à Ásia. Daqui a pouco mais de um ano, entre 3 e 7 de Fevereiro
de 2010, vamos ser acolhidos nas Filipinas, na cidade de Manila. Há jovens filipinos
entre nós: Mico, Mona e Arjene. A Arjene vai falar-nos: Como outros jovens, também
nós temos lutas e sonhos. E queremos procurar a verdade que se encontra em viver no
espírito de Cristo. A Peregrinação de Confiança dar-nos-á alento. Ajudar-nos-á a aprofundar
a nossa fé e o nosso compromisso em vivermos em comunhão, na Igreja e na nossa sociedade.
Permitirá também a união não apenas entre os jovens filipinos, mas também com outras
pessoas empenhadas nos seus locais. Nesta etapa, gostaríamos de partilhar convosco
a nossa vida, as nossas alegrias e as nossas esperanças. Desejamos partilhar a nossa
fé convosco e, juntos, abrirmos assim novos caminhos de esperança. Precisamos da vossa
ajuda, jovens europeus, e é por isso que gostaríamos de vos convidar e de vos dar
as boas-vindas, jovens da Europa, à Peregrinação de Confiança nas Filipinas.