2008-12-30 12:15:50

BRESCIA: BÔNUS-BEBÊ, DESDE QUE PAIS SEJAM ITALIANOS.
O BISPO PROTESTA


Cidade do Vaticano, 30 dez (RV) - Na tentativa de reverter o índice de natalidade, a Prefeitura de Brescia, cidade rica do norte da Itália, está oferecendo mil euros (cerca de R$ 3.400) aos casais que tiverem filhos, na cidade.

A medida, no entanto, suscita polêmica, por causa do requisito imposto aos casais para receber o bônus: pelo menos um dos pais precisa ser italiano. O prefeito, o político de direita, Adriano Paroli, está sendo fortemente criticado seja por seus opositores, seja pelo bispo de Brescia, Dom Luciano Monari.

Paroli se defende, garantindo que sua medida não é discriminatória, mas apenas ajuda a combater o "verdadeiro problema" ou seja, a baixa taxa de natalidade entre os italianos.

Ele argumenta que os imigrantes representam 15% da população da cidade, mas usam até cinco vezes mais recursos dos serviços de assistência social. "Esta não é uma política nacionalista, mas uma resposta a um problema italiano de baixa taxa de natalidade entre as pessoas jovens" − afirma Paroli.

No opulento norte italiano, os imigrantes representam uma fatia consistente da população e, geralmente, têm famílias bem mais numerosas do que os italianos. A maioria trabalha em fábricas, e sua contribuição para a força econômica da Itália é relevante.

Nesse contexto, Dom Luciano Monari protestou, defendendo a tese de que os imigrantes também merecem bônus pelo nascimento de seus filhos. Em Roma, italianos e estrangeiros recebem um bônus do Estado a cada criança nascida, independentemente de sua nacionalidade. (CM/AF)







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