(23/12/2008) Brasil e União Europeia vão trabalhar em conjunto para enfrentar a crise
financeira internacional e tentar alcançar um «resultado ambicioso e global» até 2009
em relação às mudanças climáticas. Estes foram os dois principais pontos
acordados na declaração final da II Cimeira Brasil-UE, que decorreu esta segunda feira
em Copacabana, com a presença dos Presidentes do Brasil e da França, Luís Inácio Lula
da Silva e Nicolas Sarkozy, e do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão
Barroso. Lula da Silva comprometeu-se a reduzir a desflorestação do Brasil em
71 por cento até 2017 em relação aos valores registados entre 1996 e 2005. «O
Plano brasileiro sobre Mudanças Climáticas (lançado há cerca de 15 dias) pretende
fazer o que eu considero revolucionário. Até 2020 queremos reduzir em até 80 por cento
a desflorestação», sublinhou. Segundo o Presidente brasileiro, esta meta representa
menos 4,8 mil milhões de toneladas de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera.
Para o Presidente francês, que ocupa ainda a Presidência do Conselho da União
Europeia, é muito importante o compromisso do governo brasileiro com objectivos quantitativos
de redução da desflorestação.