2008-12-20 12:36:32

DECLARAÇÃO FINAL DO ENCONTRO BILATERAL ENTRE SANTA SÉ E ISRAEL


Jerusalém, 20 dez (RV) - Concluiu-se na quinta-feira, na sede do Ministério do Exterior de Israel, em Jerusalém, a reunião da Comissão bilateral permanente entre a Santa Sé e o Estado de Israel.

Durante os dois dias de trabalhos, os participantes manifestaram a vontade de resolver as diferenças, para a aplicação do Acordo fundamental (Fundamental agreement) assinado no dia 30 de dezembro de 1993, que permitiu o estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e o Estado do Vaticano.

A delegação israelense foi guiada pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Aaron Abramovich, enquanto a delegação da Santa Sé era chefiada pelo subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Pietro Parolin, acompanhado, entre outros, pelo secretário da Congregação para as Igrejas Orientais, Dom Antonio Maria Vegliò, e pelo núncio apostólico em Israel, Dom Antonio Franco.

Ao término da reunião, foi divulgado um comunicado conjunto, no qual se informa que "a Comissão de trabalho realizará os próximos encontros nos dias 15 de janeiro, 18 de fevereiro, e 5e 26 de março", e se anuncia também, que a próxima reunião plenária _ prevista para junho de 2009 _ será antecipada para 23 de abril.

Com essas reuniões _ afirma o texto _ as duas delegações querem demonstrar a própria vontade de "acelerar o diálogo e concluir o acordo, o mais breve possível".

Como nos precedentes comunicados, também este último fala de "atmosfera de grande cordialidade e de boa vontade", de trabalho voltado a "alcançar o mútuo desejado acordo" e de intercâmbio "significativo e útil".

O anúncio sobre a intensificação do diálogo é extremamente significativo _ também da perspectiva de uma eventual visita de Bento XVI à Terra Santa _ porque, nos últimos tempos, as negociações progrediram muito lentamente. De fato, de 2002 a 2007 estavam quase que estagnadas.

As negociações buscam alcançar um acordo sobre as questões pendentes acerca das propriedades eclesiásticas e de impostos, a fim de que a Igreja possa ter a segurança jurídica e fiscal que lhe permita desempenhar sua missão.

Quando a Santa Sé estabeleceu relações diplomáticas com o Estado de Israel, em 1993, como gesto de boa vontade João Paulo II optou por propor um "Acordo fundamental" e negociar, sucessivamente, os detalhes das questões.

Para Bento XVI, esses colóquios têm grande importância para a consolidação da presença da Igreja na Terra Santa. (SP/AF)







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