A liberdade religiosa exige também a possibilidade de se converter.
(18/12/2008) No discurso entregue esta quinta feira ao novo Embaixador do Reino
do Bahrein (na península arábica) o Papa sublinha expressamente que a liberdade religiosa
exige também a possibilidade de se converter. Louvando a atitude de respeito religioso
adoptado por esta pequena monarquia árabe muçulmana da região do Golfo, Bento XVI
observa que o direito à liberdade religiosa toca o que “de mais profundo e sagrado
existe no homem: a sua relação com Deus”. “A liberdade religiosa, que permite
a cada um viver a sua fé só ou com os outros, em privado ou em público, exige também
a possibilidade de uma pessoa mudar de religião se a sua consciência lho pede”. Recorde-se
que em diversos países muçulmanos, a começar pela Arábia Saudita, os cristãos continuam
a ser proibidos de rezar em público e de manifestar a própria fé, sendo por outro
lado a conversão (de todo e qualquer cidadão muçulmano) considerada uma apostasia
, um “crime” por vezes punido com a pena de morte