(9/12/2008) O secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Arcebispo Dominique
Mamberti, deixou um apelo em favor dos Direitos Humanos, lembrando em especial problemas
como a intolerância para com os cristãos, a corrida aos armamentos, a difícil situação
no Cáucaso e o tráfico de seres humanos. Este responsável marcou presença, na
semana passada, no 16.º Conselho da OSCE _ Organização para a Segurança e a Cooperação
Europeia. D. Mamberti reiterou que a Igreja Católica “luta para garantir que os
direitos humanos não sejam somente proclamados, mas também respeitados”, 60 anos após
a adopção da Declaração universal dos Direitos do Homem, Para o secretário do
Vaticano para as Relações com os Estados, é necessária uma atenção especial à liberdade
religiosa. A Santa Sé pede que tal direito seja respeitado universalmente e “olha
com preocupação para os cada vez mais frequentes episódios de violência e para os
constantes actos de discriminação e de intolerância contra os cristãos e os membros
de outras religiões”. O Arcebispo lembrou que “o ódio não pode ter justificação
entre aqueles que definem Deus como ‘nosso Pai’. Esse é outro motivo pelo qual Deus
jamais pode ser excluído do horizonte da pessoa humana e da história”. “O nome
de Deus é um nome de justiça. É um apelo urgente à paz”, disse. Em seguida, o
prelado manifestou a sua preocupação pela “deterioração” das condições de confiança
e de segurança, que sempre foram a base das relações e negociações entre os Estados”.
D. Mamberti precisou que as crises actuais na área da OSCE – em especial na Geórgia
- “poderiam levar inevitavelmente à deterioração da qualidade da vida e das expectativas
legítimas dos cidadãos de Estados soberanos”. Por outro lado, encorajou a Organização
no seu empenho de “eliminar os riscos ligados ao armazenamento de armas ligeiras e
de armas convencionais”, bem como na “sua luta contra a proliferação das armas de
destruição em massa e, não por último, as suas iniciativas na luta contra o terrorismo”.