2008-12-08 16:36:40

CARDEAL BERTONE: A VIRGEM MARIA É O PRIMEIRO E MAIOR SINAL DO TRIUNFO DA LUZ SOBRE AS TREVAS


Cidade do Vaticano, 08 dez (RV) - O cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, presidiu esta manhã, na Basílica papal de Santa Maria Maior, a santa missa, na solenidade da Imaculada Conceição. Em sua homilia, o purpurado explicou o sentido desse reconhecimento dado à Virgem no dogma proclamado por Pio IX no ano 1854.

O Cardeal Bertone explicou que a “Imaculada Conceição” é privilégio único reservado à Mãe do Redentor: privilégio que _ como se sabe _ consiste no ter sido preservada de toda sombra de pecado e preenchida pela graça e pelo amor de Deus, e que isso se deu desde o primeiro instante de sua concepção.

O purpurado lembrou que hoje toda a Igreja contempla com alegria a verdade da Imaculada Conceição de Maria, a celebra na liturgia e na oração, e traduz a sua fé e admiração pela Virgem Santa no compromisso de seguir com docilidade os seus ensinamentos de vida evangélica.

A Igreja _ acrescentou _, exortando-nos a dirigir o olhar para ela, nos oferece assim a ocasião de renovar, aliás, de intensificar o nosso testemunho cristão, alimentando a nossa esperança e a nossa confiança no amor misericordioso do Onipotente, que realizou em Maria o seu desígnio de salvação que é para toda a humanidade.

Celebrando a Eucaristia na Basílica de Santa Maria Maior, o cardeal secretário de Estado ressaltou que este ano essa solenidade ali celebrada se revestia de um significado ainda mais profundo.

Esta Basílica _ disse ele _, a primeira construída no Ocidente após o Concílio de Éfeso, acolhe desde dias atrás, a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, e a presença dessa imagem sagrada nos liga espiritualmente ao Santuário de Lourdes, onde se concluem solenemente as celebrações pelos 150 das Aparições de Nossa Senhora em Massabielle.

Em seguida, o purpurado disse que o Santo Padre, embora não presente fisicamente, se unia espiritualmente a todos ali presentes e pedia que rezassem por todas as suas intenções.

O Cardeal Bertone recordou a peregrinação que Bento XVI fez em setembro passado a Lourdes, na França, dizendo ter sido uma grande experiência pela qual agradecia a Deus por tê-la partilhado junto ao Santo Padre.

Diante da imagem da Imaculada, no lugar onde apareceu a Bernadete Soubirous e para aonde acorrem todos anos milhões de peregrinos de todos os cantos da terra, diante da Virgem Santa _ lembrou ele _, Bento XVI dirigiu palavras de grande consolação especialmente para os doentes.

O purpurado ressaltou que, em seu discurso, o papa falou do sorriso da Virgem Maria, fonte de serenidade e de conforto, e fonte de uma esperança invencível. “Na verdade, quem, em sua vida, não faz experiência da dor e da doença?” O Sofrimento, quando se prolonga, rompe os equilíbrios mais consolidados de uma existência e chega a abalar até mesmo as mais firmes certezas da confiança, chegando não raramente a colocar em discussão o sentido e o valor da vida.

“Existem combates _ observou ainda o Cardeal Bertone citando palavras do papa proferidas em Lourdes _ que o homem não pode combater sozinho, sem a ajuda da graça divina. Quando a palavra não sabe mais encontrar expressões adequadas, nasce a necessidade de uma presença amorosa”. “Quem poderia nos ser mais íntimo do que Cristo e sua santa mãe, a Imaculada?” _ prosseguia o papa.

O purpurado disse fazer sua a exortação do Santo Padre na referida ocasião: “Gostaria de dizer àqueles que sofrem, lutam e são tentados a dar as costas à vida: dirijam-se a Maria”. O cardeal convidou os presentes a acolherem o convite do papa. Olhemos sempre para ela, em toda circunstância, na alegria e na dor, na saúde e na doença, na vida e na morte.

Falando ainda da figura de Maria, o cardeal secretário de Estado disse que ante a Virgem Santa nos encontramos diante de um coração humano no qual todo desejo é perfeito no bem, diante de uma vontade voltada para a justiça, diante de uma liberdade radicalmente e definitivamente conquistada pelo amor e pela entrega ao amor.

O Cardeal Bertone enfatizou que a Imaculada Conceição é o primeiro fruto da redenção de Cristo, a antecipação misteriosa dos efeitos de salvação que derivam da morte e da ressurreição de Jesus, acrescentando que a Virgem Maria é o primeiro e maior sinal da vitória da graça sobre o pecado, do triunfo da luz sobre as trevas, da glória sobre o horror do mal, da liberdade sobre a escravidão moral.

O purpurado lembrou ainda que também nós, cada um de nós, é chamado à santidade, que é a vocação de todo batizado. E exortou que jamais nos esqueçamos que o Senhor nos criou e redimiu para que também em nós se realizem “grandes coisas”, para além da pequenez e miséria humanas que nos caracterizam. “O Senhor _ disse ele _ nos chama a viver na sua graça, a cooperar em seu projeto de salvação, a sermos santos como ele é santo.” (RL)







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