SANTA SÉ: TURISMO RELIGIOSO AJUDA OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS
Cidade do Vaticano, 04 dez (RV) - O turismo religioso e as peregrinações podem
ajudar os cristãos perseguidos. Em síntese, este foi o teor do discurso proferido
esta manhã pelo secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e
os Itinerantes, arcebispo Agostino Marchetto. O pronunciamento foi feito por ocasião
do encontro organizado pela Universidade romana de Tor Vergata sobre atividades turísticas
e culturais.
Falando sobre o tema "A Igreja e o turismo religioso", Dom Marchetto
relevou que, infelizmente, em algumas nações existem igrejas, capelas ou afrescos
de interesse histórico e artístico que são proibidos ao público por carência de funcionários
e de meios ou por ordem das autoridades civis.
Portanto, a "pressão turística"
pode revelar-se uma oportunidade para que sejam abertos ao público, beneficiando espiritual
e economicamente os habitantes. Em especial, Dom Marchetto se fez porta-voz da invocação
feita por muitos irmãos e irmãs que vivem em países onde não podem desempenhar seu
serviço pastoral. Eles pedem explicitamente que sejam visitados para que suas comunidades
de fé possam sobreviver.
A seguir, Dom Marchetto distinguiu turismo religioso
e peregrinação, pedindo aos agentes que evitem a "turistificação" dos locais sagrados.
A tarefa da comunidade eclesial, afirmou, é acolher as pessoas que visitam esses locais
testemunhando o amor de Deus, mesmo que não professem qualquer religião.
Para
o prelado, o turismo religioso é destinado a crescer, independentemente da difícil
situação econômica atual.
Segundo a Organização Mundial do Turismo, em 2007,
330 milhões de turistas visitaram locais de fé. Desses, 47% viajam por motivos culturais,
não estreitamente religiosos.
Diante desse fato, Dom Marchetto pede que o
patrimônio religioso seja promovido com inteligência e coerência. "Há um retorno ao
sentido da beleza que pode conduzir a Deus", concluiu o prelado. (BF)