2008-11-30 13:50:44

PAPA NO ANGELUS: A VIDA FRENÉTICA NOS DEIXA POUCO TEMPO, MAS DEUS SEMPRE TEM TEMPO PARA NÓS


Cidade do Vaticano, 30 nov (RV) - Ao meio-dia deste domingo, o Papa Bento XVI rezou o Angelus com os fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro.

O tema de sua alocução que precede a oração mariana foi o Advento, que "nos convida a refletir sobre a dimensão do tempo, que sempre exercita sobre nós um grande fascínio". Bento XVI partiu de uma constatação muito concreta:

"Todos dizemos que nos 'falta tempo', porque o ritmo da vida cotidiana se tornou para todos frenético. Mas, sobre isso, a Igreja tem uma "boa nova" a oferecer: Deus nos doa o seu tempo. Nós temos sempre pouco tempo; especialmente para o Senhor não sabemos ou, às vezes, não queremos encontrá-Lo. Pois bem, Deus tem tempo para nós!"

Sim, continuou o papa, Deus nos doa o seu tempo, porque entrou na história com a sua palavra e as suas obras de salvação, para abri-la ao eterno, para fazer dela história de aliança. Nesta perspectiva, o tempo é em si mesmo um sinal fundamental do amor de Deus. E três são os eixos que ritmam a história da salvação: no início, a criação; no meio, a encarnação-redenção; e, no final, a "parusia", a vinda final que compreende também o juízo universal.

Porém, explicou o pontífice, esses três momentos não devem ser entendidos somente em sucessão cronológica. Seja a encarnação, seja a redenção, ocorreram em um determinado momento, mas seu raio de ação compreende o tempo passado e futuro, assim como o juízo final, que exercita sua influência sobre a conduta dos homens em todos os tempos.

O Advento celebra a vinda de Deus, portanto nos convida a despertar a expectativa pelo retorno glorioso de Cristo, mas, ao mesmo tempo, o Senhor vem continuamente na nossa vida. Por isso, é mais oportuno do que nunca o apelo de Jesus neste primeiro domingo do Advento: Vigiai!

"Este apelo é dirigido aos discípulos, mas também a todos nós, que seremos chamados a prestar contas da nossa existência. Isso comporta um distanciamento dos bens terrenos, um sincero arrependimento dos próprios erros, uma caridade pelo próximo e, sobretudo, uma humilde e confiante entrega nas mãos de Deus."

O símbolo do Advento é a Virgem Maria, recordou por fim o papa. Que Ela nos ajude a nos tornar um prolongamento de humanidade para o Senhor que vem. (BF)







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